segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A Neutralidade de Deus *TEORIA*

Olá queridos fãs e visitantes! A creepypasta que você está prestes a ler agora apresenta uma nova visão sobre Deus, não é exatamente uma Creepypasta, mas ao contrário, é uma simples teoria, e ela na verdade existe, chama-se de Deismo. Por favor, não se ofenda com o seguinte texto, é apenas uma nova visão filosófica, ninguém está lhe forçando a acreditar em nada. Leia a "creepypasta" a seguir:

Deus é neutro.

Muitas escrituras religiosas descrevem Deus como um onipotente puro e cheio de amor, enquanto muitos ateístas nem sequer acreditam na sua existência, pois "ele" seria tão "maligno" e "narcisista" caso exista. Mas assim que você começar a pensar profundamente sobre o assunto, você percebe que o mundo poderia ser mil vezes pior do que já é, e seria se Deus fosse um ser maligno. Mas, o mundo seria uma utopia paradisíaca se Deus fosse bondoso, e a violência não existiria, o que nos leva a conclusão que Deus é neutro, nada além de um observador.

Um observante de sua própria criação.

Compare Deus com um cientista: durante um experimento, o cientista pensa logicamente e não permite a emoção interferir, não importa o que aconteça. Deus pensa logicamente, e ele não interfere no seu experimento que é a raça humana, ou até a Terra de modo geral. Ao mesmo tempo que ele não melhora a vida em nada, ele também não causa nenhum mal.

Ele simplesmente nos observa. Nós culpamos Deus por todo o mal que acontece, enquanto ele está na realidade apenas nos observando, e nós, criando o mal. Deus não irá salvar ninguém, mas também não irá condenar ninguém. Ele apenas observa o seu experimento, e aqui ele estará quando acabar.

Um cientista não possuí poder sobre sua própria invenção. É impossível o controle do que acontece, caso contrário isso iria anular o objetivo de coletar resultados do que se teoriza. Deus não possuí poder sobre nós. Se nós estupramos, matamos, machucamos, ofendemos, ou cometemos suicídio, isso não é nada mais do que nossos próprios frutos.

Décadas de idéias, descobertas, sociedades, quedas de impérios, e entretenimento; foram apenas meramente pequenas mudanças no experimento.

Irá o experimento ser um sucesso? Bem, o que irá tornar deste o sucesso? Se nós acharmos a cura para o Câncer, colonizar Marte, ou criar clones; será que estas realizações são o que Deus está procurando?

Bem, e se a sua teoria é a de que a raça humana irá terminar em guerra, e todos nós iremos morrer? Será que isso significa que se conseguirmos, o experimento irá ser um fracasso? Bem, nós somos o experimento, então isso é meio paradoxal; mas mantenha na cabeça, Deus é uma entidade exterior, e a natureza em outro domínio poderia funcionar de forma diferente para nós.

Seriam os humanos uma raça antinatural? Tantas perguntas, mas a verdadeira resposta está aguardando por nós, dentro de nós.

OBS: Esta creepypasta foi traduzida por mim, mas ela pode ser encontrada no Creepypasta Wiki, eu não sou o autor original, aqui está a creepypasta em seu estado natural.

Chuva

Perguntam-me por que gosto da chuva.
Duasfaces.jpg

Desde pequeno, sempre sentia na chuva um alívio. Um doce conforto na leve fragrância deixada na atmosfera. É claro. Hoje sei que este odor característico provém da reprodução de bactérias que hibernam no solo, e que todos os fenômenos que acercam meus sentidos tenham suas remotas origens na mais perfeita e ordenada química. Como o véu de lágrimas que cobre a noite. Como o relâmpago que advém a tempestade e silencia o meu mundo. Como o orvalho que antecede a aurora...
Sim... Belezas que somente na mais pura e inocente das visões é que se fazem tão belas.

Mas não é somente por isto que me sinto deslumbrado pela chuva. Pois também encontro outros prazeres no gotejar cintilante que provém dos céus, como aquele que, em espaços urbanos, recai sobre a calha de meus telhados. Ou quando, acompanhado do vento, rebate-se contra a vidraça de minhas janelas. E mesmo fora de meu confinamento, onde me vejo face a incrível paisagem natural, o seu despencar (sonolento ou enraivecido) sobre a copa das árvores que amortecem o som de todo o ambiente, tornam a experiência algo extraordinário, algo único.

Ahh... É tudo tão primoroso. Tudo completamente sincronizado e em harmonia.

Porque é ela quem esconde o caminho que percorro por entre as matas. É ela quem apaga os rastros de meus encalços. É ela quem me abriga e protege de olhos curiosos. É ela quem amortece o solo profundo de onde cavo. É ela quem abafa os gritos incessantes de minhas vítimas. E o mais importante... É ela quem lava o sangue das minhas mãos.E ainda insistem em me perguntar por que gosto tanto da chuva.

Autor: Drin, L. P.

Os Filhos da Lua

Na cidade de Bisden, ninguém sai de casa após escurecer. Enquanto o sol se põe, as persianas são fechadas, velas são assopradas e portas são bem trancadas. Após a lua nascer, a cidade inteira parece estar deserta e o silencio reina.

“Você ouviu isso?” sussurra Freja, soando muito assustado e com medo na escuridão.
“Cale. A. Boca.” Seu irmão mais velho, Freud, sussurrou com os dentes cerrados enquanto encarava as janelas pretas da casa mais próximas a eles. Eles estavam provavelmente presos ali. Ninguém em sua sã consciência deixarias janelas destrancadas à noite. Não em Bisden, pelo menos.

“Eu te disse que não deveríamos brincar na floresta,” continuou Freja “Eu disse que devíamos voltar mais cedo.”

“E eu te disse para calar a boca,” Freud continuou. “Lamentar sobre o passado não muda o presente.” Freud olhou para sua irmã, tremendo no escuro. “Isso não muda a situação que estamos.”

Antes que Freja pudesse responder, o som rouco de uma risada infantil veio pelo vento.

Arrepios passaram pela nuca e pelos braços de Freud. Algo sobre aquele som parecia... errado.

“Talvez haja outro-.”, Freud apertou sua mão sobre a boca de Freja. Puxando-a para perto, ele recuou para as sombras do beco. Mais uma vez, o som espectral ecoou pelo ar. Freja se encolheu nos braços de Freud quando percebeu a magnitude da situação. Uma voz de criança, estranhamente distorcida, quebrou o silêncio da noite como um punho atravessando o vidro.

“Saiam, saiam, de onde vocês estão!”

A coisa cambaleou pela boca do beco – a alguns poucos pés do esconderijo de Freud e Freja. Aquilo tinha aproximadamente o tamanho de uma criança e era meio desengonçado, com seus praços dependurados grotescamento perto do chão – fazendo seu corpo desproporcional parecer um gorila.

Aquilo estava completamente pelado, e tinha uma pele tão branca que refletia o brilho da lua. A coisa virou a sua careca brilhante em direção ao beco enquanto o atravessava. Sua face era perfeitamente lisa, e inteiramente desprovida de características – exceto por um sorriso impossivelmente aberto sem lábios com a cor de sangue. Os cantos de sua boca pareciam se alargar de orelha à orelha. Freud sentiu um líquido quente passar pelas suas coxas enquanto sua bexiga vazava.

Freja choramingou.

A coisa parou no meio do caminho, com seu corpo rígido como pedra. Lentamente, ele virou seu torso enquanto encarava o beco. Ele tentou ir para a trás. Freja respirou tão fundo até que seu nariz começou a hiperventilar. Freud prensou sua mão sobre a boca dela, mas era tarde demais.

Numa velocidade absurda, a coisa virou sua cabeça para seu esconderijo, produzindo um estalar doentio de seu pescoço.
“Te achei!”

Na cidade de Bisden, ninguém sai de casa após o escurecer. Todos os dias, os jovens são severamente alertados para voltar para casa antes do entardecer. Eles sempre são avisados do mal que ronda as ruas pela noite. Eles sempre são avisados para ficar sempre em silêncio, pois, se eles te ouvirem – Os Filhos da Lua irão te rasgar de membro a membro.


Créditos: http://www.creepypasta.com/children-of-the-moon/#disqus_thread
Traduzido por: Paulo Guimarães

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