tag:blogger.com,1999:blog-39317581602344345922024-03-12T22:28:19.335-03:00Creepypasta PuroAqui, o terror é 10!Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.comBlogger118125tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-12966913177251673482019-09-10T12:00:00.000-03:002019-09-10T12:00:03.976-03:00O caso Colares - Amazônia <a href="https://vignette.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/4/4d/Caso_Colares.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/180?cb=20140617213510&path-prefix=pt-br" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="Caso Colares" border="0" class="thumbimage " data-image-key="Caso_Colares.jpg" data-image-name="Caso Colares.jpg" height="141" src="https://vignette.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/4/4d/Caso_Colares.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/180?cb=20140617213510&path-prefix=pt-br" width="180" /></a>Tudo começou na ilha de Colares, em 1977 - 1978: luzes de naves alienígenas estavam aparecendo no céu de Colares, as luzes causavam queimaduras e furos na pele de um humano. Mas, as vezes, era mais grave do que isso...<br />
<br />
Duas mulheres morreram depois de terem contatos com a luz, e quase toda a população do lugar foi atacada pela luz. Quando a coisa ficou séria deste jeito, o governo chamou as forças armadas, o exército e a aeronátuica, que vieram ao local. O exército passava 24 horas com câmeras fotográficas vigiando o local, as naves alienígenas foram fotografadas várias vezes pelo exército.<br />
<br />
Um monte de pessoas foram atacadas pela luz alienígena, quase todas as pessoas fizeram um testemunho ao exército. O comandante da operação foi a testemunha mais importante que teve no caso; depois que se aposentou, deu várias informações à mídia.<br />
<br />
<b>Capitão da operação diz que recebeu "visita" de alienígena um tempo depois</b><br />
<br />
O capitão da operação, conhecido apenas como capitão Holanda, disse que recebeu a visita de um alienígena algum tempo depois da operação, ele descreveu o alienígena da seguinte forma: "Ele tinha uma voz robótica, computadorizada, ele me segurou, ficou me abraçando e colocou alguma coisa dentro da carne do meu braço, ele também disse: Fique tranquilo, não vou te fazer mal nenhum". O alienígena teria chegado junto de uma luz estranha, e depois o alienígena desapareceu junto da luz.<br />
<br />
<br />
<a href="https://vignette.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/b/b9/CC_4.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/250?cb=20140617215041&path-prefix=pt-br" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="CC 4" border="0" class="thumbimage " data-image-key="CC_4.jpg" data-image-name="CC 4.jpg" height="133" src="https://vignette.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/b/b9/CC_4.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/250?cb=20140617215041&path-prefix=pt-br" width="200" /></a><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Caso colares 3" class="thumbimage " data-image-key="Caso_colares_3.jpg" data-image-name="Caso colares 3.jpg" height="132" src="https://vignette.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/d/dd/Caso_colares_3.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/180?cb=20140617213638&path-prefix=pt-br" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="180" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nave fotografada pelo exército</td></tr>
</tbody></table>
Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-82023027599266512002019-09-09T23:49:00.001-03:002019-09-09T23:49:27.602-03:00ButchersEm Berlim, após a Segunda Guerra Mundial, havia pouco dinheiro, os suprimentos estavam acabando, e parecia que todos estavam com fome. Nesse período, as pessoas contavam uma história que uma jovem moça que viu um cego andando dentre uma multidão. Os dois começaram a conversar. O homem perguntou se ela poderia fazer um favor para ele: "Pode entregar essa carta para o endereço que está escrito no envelope?" Bom, o lugar era caminho para sua casa, então ela concordou.<br />
<br />
Ela começou seu caminho para entregar a mensagem, quando ela se virou para ver se tinha mais alguma coisa que o cego queria ela percebeu que ele estava correndo pelas pessoas sem seus óculos escuros e bengala. Ela então, naturalmente, achou suspeito, então foi para a polícia. Quando a polícia foi visitar o endereço, eles fizeram uma descoberta repugnante, três açougueiros estavam pegando carne humana e vendendo para as pessoas famintas. E o que estava escrito na carta que o homem deu à moça?<br />
<br />
Uma nota, dizendo apenas: "Esse é o último que eu mando para vocês hoje"<br />
<br />
Autor: Desconhecido<br />
<br />
<br />Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-14655421876639990002019-09-05T20:43:00.002-03:002019-09-05T20:43:46.135-03:00Jill<br />
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<a href="https://vignette.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/e/e1/83f995c719319cadcc38ec3eda019a19.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/398?cb=20140601150125&path-prefix=pt-br" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="83f995c719319cadcc38ec3eda019a19" border="0" class="thumbimage " data-image-key="83f995c719319cadcc38ec3eda019a19.jpg" data-image-name="83f995c719319cadcc38ec3eda019a19.jpg" height="320" src="https://vignette.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/e/e1/83f995c719319cadcc38ec3eda019a19.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/398?cb=20140601150125&path-prefix=pt-br" width="201" /></a>A situação mais terrível que passei em minha vida, foi há 9 anos. Eu admito, era apenas um menino estúpido da 2ª série, não sabia quanto sofrimento e coisas terríveis existiam nesse mundo. Mas esta história não é sobre mim. É sobre uma menina que conheci em minha escola. Nós a chamávamos de “Jill”. Eu não a conhecia muito bem, era muito quieta – quase nunca falava em sala de aula, roía muito as unhas e sempre tinha cabelo cobrindo seu rosto. Ela parecia estar sempre enojada ou com uma expressão indiferente. Mas, talvez, o mais estranho dela eram seus olhos. Eram de um azul pálido e eram fundos, sempre tinham um olhar muito triste ou frio, como se ela estivesse sonâmbula ou como se tivesse acabado de chorar. As coisas começaram a ficar tenebrosas com a chegada de novembro.<br /><br />As férias estavam quase chegando, assim, a maioria dos estudantes (incluindo eu), estávamos contando os dias para sair. Eu estava na aula de história, lendo um capítulo lá de 1800, quando um ruído me distraiu. Parecia que alguém estava gemendo, mas era um som muito leve. Olhei para trás da minha carteira e vi Jill, que estava dormindo. Seu nariz estava ressoando e parecia que ela apertava a boca com força.</div>
<br />
<br />
Tratei de ser uma boa pessoa e a sacudi de leve, para que acordasse antes que o professor a visse. Foi quando ela acordou de forma muito estranha, com os olhos se abrindo repentinamente e com uma respiração pesada. Perguntei se ela havia tido um pesadelo, e como resposta, ela apenas balançou a cabeça negativamente e voltou a ler o livro que estava lendo antes de cair no sono. Pensei que era algo esquisito, mas foi depois de algumas horas que as coisas ficaram esquisitas de verdade.<br />
<br />
Tive apenas poucas horas de aula com Jill, então não a vi até horas depois. Minha professora de ciências me enviou à secretaria para tirar cópias de uma folha de trabalho, pois tinha esquecido de tirar no dia anterior. Quando estava a caminho, tudo parecia fora de lugar. As pessoas que eu precisava encontrar não estavam e a enfermaria estava completamente fechada. A curiosidade me fez caminhar até a porta da enfermaria, e coloquei a orelha na porta. Isso foi o que pude escutar:<br />
<br />
<br />
“Por que ninguém além de mim pode ouvi-los?”<br />
<br />
<br />
“Escute, ninguém está lhe dizendo nada, você precisa dormir.”<br />
<br />
<br />
“Não! Se eu fechar os olhos, eles vão me encontrar!”<br />
<br />
<br />
“Por favor, pare de gritar, não faça escândalo."<br />
<br />
<br />
Essa curta conversa foi seguida por gritos e prantos. Tirei a orelha da porta e dei alguns passos para trás. A única coisa que pensei foi: “Que diabos está acontecendo ali?”.<br />
<br />
Logo depois, a maçaneta da porta começou a girar, como se estivesse fechada e alguém quisesse sair com desespero. Após alguns segundos, Jill saiu da sala. Seu rosto estava sombrio e seus olhos estavam vermelhos, como se estivesse chorando, que é o que provavelmente estava acontecendo. Correu em direção a mim, fazendo com que nos batêssemos e caíssemos no chão.<br />
<br />
“Me ajude...” ela disse.<br />
<br />
Parecia que ela queria gritar, mas sua voz era fraca.<br />
<br />
“Por favor me ajude... Você pode escutá-los?” me perguntou.<br />
<br />
Mas, por mais que eu quisesse responder, estava muito assustado. Seus olhos não pareciam tristes ou sonolentos, mas eu via neles o limite da loucura. Eu não consegui dizer nada, então ela levantou e correu para longe da secretaria, em direção ao refeitório. A essa hora, estava vazio. Ela caiu de joelhos no chão segurando a cabeça e gritando... Apenas gritando.<br />
<br />
Me aproximei para tentar ajudar, mas num movimento rápido ela pegou uma caneta que eu levava na mão e a enterrou no próprio ouvido, e depois no outro. Ela começou a sangrar, e largou a caneta no chão. Ficou quieta por alguns minutos, apenas respirando. Então, virou a cabeça lentamente em minha direção, lançou um olhar de desespero para mim e sussurrou “Eu ainda os escuto...”<br />
<br />
<br />
Depois desse dia, nunca mais vi a Jill. Boatos dizem que ela foi para um manicômio, que cometeu suicídio e coisas afins. Eu nunca saberei qual foi o destino que ela tomou, mas se há algo que jamais sairá da minha memória, são aqueles olhos azuis, pálidos e fundos, olhando para mim. Seus olhos estavam envoltos na loucura, e seus ouvidos, mesmo com os tímpanos rompidos, ainda podiam ouvir as vozes que a torturavam.<br /><br /><span style="font-size: x-small;">Retirado de: <a href="https://creepypastabrasil.fandom.com/pt-br/wiki/Jill" target="_blank">Wiki Creepypasta Brasil</a></span>Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-7114071998997210362019-09-05T20:23:00.000-03:002019-09-05T20:23:11.153-03:00Volta das postagensBOAAA TARDE!<br />
<div>
Paulo Guimarães aqui, fundador do blog na voz.<br />
Como todos sabem e podem perceber, o blog deu aquela parada cabulosa como sempre.. Em torno disso, tem vários motivos, o maior é que todos crescemos (tocamos esse blog desde 2013), e tivemos que tocar nossas vidas, cada um com seus problemas.<br />
<br />
Mas, estamos de volta, e tentaremos postar regularmente, adequando o blog de volta a nossa rotina.<br />
Espero que gostem.</div>
Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-63813962447392567342017-02-11T01:34:00.001-03:002017-02-11T01:34:17.988-03:00Creepypasta: Transtornos Mentais<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/jOyuwAUrD-U" width="480"></iframe><br /><br />
<br /><br />
Olá fãs de Creepypasta!<br /><br />
Dessa vez viemos com uma Creepypasta em vídeo narrada pelo nosso parceiro, não se esqueçam de entrar no canal dele e se inscrever! Ajudaria muito o canal e nosso amigo! Valeu!Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-81742858483148483562017-01-12T10:16:00.000-03:002017-01-12T10:16:01.425-03:00Chuva<b>26 de maio</b><br />
Não chove há três meses. Toda a cidade está preocupada. Precisamos de chuva em uma pequena área rural como essa. As plantações. Os açudes.<br />
<br />
<b>7 de junho</b><br />
Marlene chora à noite. As meninas também estão preocupadas. Eu comecei a ir à igreja.<br />
<br />
<b>16 de junho</b><br />
Sem chuvas. Estou indo à igreja praticamente toda noite. Deus há de nos salvar.<br />
<b><br /></b>
<b>28 de junho</b><br />
Por favor Deus, deixe chover.<br />
<br />
<b>1º de julho</b><br />
Nada de chuva.<br />
<br />
<b>4 de julho</b><br />
Não podemos acender os foguetes pelo Dia da Independência. Está tudo tão seco. Eu consegui uma Bíblia em latim e a li hoje. Nenhuma chuva.<br />
<b><br /></b>
<b>24 de julho</b><br />
Sem chuva. Quatro meses agora. Fomos amaldiçoados?<br />
<br />
<b>6 de agosto</b><br />
Sem chuva. Desisti de rezar. Outros deuses existem, não é? Os demônios pagãos são cheios de truques, mas talvez eles possam nos ajudar.<br />
<b><br /></b>
<b>18 de agosto</b><br />
Dança da chuva, a noite toda. Sem chuvas. Preciso de mágica mais forte.<br />
<br />
<b>25 de agosto</b><br />
Matei um bezerro. Chamei pela chuva. Nuvens de chuva no horizonte. Sumiram à tardinha.<br />
<br />
<b>3 de setembro</b><br />
Chuva!! Doce chuva! Funcionou. Nenhum preço é alto demais pela sobrevivência.<br />
<br />
<b>7 de setembro</b><br />
O funeral até que foi bem agradável.<br />
<b><br /></b>
<b>18 de setembro</b><br />
Um único dia de chuva não é o suficiente.<br />
<b><br /></b>
<b>21 de setembro</b><br />
Choveu. Fiquei tremendo a noite toda depois de fazer.<br />
<b><br /></b>
<b>27 de setembro</b><br />
Está chovendo. Deus me perdoe.<br />
<b><br /></b>
<b>1º de outubro</b><br />
Choveu hoje. As pessoas estão dizendo que a cidade é amaldiçoada. Eu parei de ir aos funerais.<br />
<br />
<b>9 de outubro</b><br />
Marlene descobriu. Eu não sei como. Talvez haja uma razão pela qual deixamos de lado nossas pirâmides escalonadas e facas.<br />
Vai chover amanhã.<br />
_____________<br />
<span style="font-size: x-small;">Traduzido e Adaptado de: Creepypasta Wiki</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Tradução e adaptação: Capitu</span>Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-61566549923253723932017-01-05T19:19:00.001-03:002017-01-05T19:19:50.714-03:00Lugares assombrados do Brasil<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/iMUcxfikDhQ" width="480"></iframe><br /><br />
<br /><br />
Após o recesso do nosso blog, estaremos mostrando um vídeo de nosso canal parceiro!<br /><br />
Após ver, entrem, se inscrevam e dê like! O conteúdo do cara é de ouro!Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-2955180223316366912016-12-26T11:50:00.001-03:002016-12-26T11:50:49.596-03:00RecessoA equipe Creepypasta puro gostaria de desculpá-los pela ausência de postagem, e gostariamos de avisá-los que voltaremos depois do dia 02/01/2017.<br />
<br />
Desejamos boas festas para vocês e pedimos desculpas pelo transtorno.Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-90912894678210159162016-12-06T17:55:00.000-03:002016-12-06T17:57:33.787-03:00Creepypasta dos Fãs - Nail's Art (Parte 3)Pois é pessoal, estive nos dias anteriores meio pra cá, meio pra lá... Já começo pedindo desculpas pela demora da parte três desta incrível obra, ando meio louco da cabeça (se é que me entendem) ultimamente, então me perdoem se vocês passarem os olhos por alguma bobagem. Alguns problemas pessoais que me trazem estresse e essa cicatriz no mundo que persiste até agora, não sei se posso considerar esses dias de ausência em postagens como um luto, mas eu irei.<br />
<br />
Enfim, a vida continua, vamos ao que interessa. Peço a compreensão de vocês.<br />
<br />
<a href="https://creepypastapuro.blogspot.com.br/2016/11/creepypasta-dos-fas-e-nova-serie-nails.html">CLIQUE AQUI</a> para a primeira parte da série. <a href="http://creepypastapuro.blogspot.com.br/2016/11/creepypasta-dos-fas-nails-art-parte-2.html">Ou aqui</a> para a segunda.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-size: x-large; text-align: center;"> Nail's Art (Parte 3) </span><span style="font-size: 10pt; text-align: right;">por Wagner De La Cruz</span><br />
<span style="font-size: 10pt; text-align: right;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Pela
manhã, como de praxe, Dani acordou antes do despertador tocar para preparar o
café das garotas. Ainda que não tivessem a
convivência adequada à noite, nas primeiras horas do dia, à mesa, eram uma família digna
de comercial de margarina, tão unidas e felizes quanto pudessem ser.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Apesar
de Luísa choramingar pelo término do Chaves, Daniela conseguiu contornar este problema e,
aparentemente, evitou o início da
terceira guerra mundial. Ficou combinado que a caçula ganharia um presente no
fim de semana caso se comportasse e não chorasse mais. Evidentemente, a mãe nem
sabia qual presente daria à filha,
mas não queria iniciar o dia se indispondo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Antes
de Amanda sair para levar Luísa na
creche e ir para a escola, Dani lhe deu dez reais para pagar a diária do DVD, além de fazer
as recomendações que repetia diariamente e que Amanda, em piloto automático, apenas assentia. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Por
fim, depois que as filhas saíram,
Daniela aprontou-se rapidamente e também saiu.
Não era do tipo que se atrasava, principalmente quando tinha cliente pela
manhã. Também não era muito fã da
primeira-dama, a achava fútil e prepotente, tal qual o
prefeito, mas serviço era serviço. Não faria juízo de caráter. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Irônicamente,
o ônibus em que Daniela estava precisou pegar uma desvio em Mariluz, bairro
centro-norte de Imbé, devido a um bandeiraço
matutino em prol da candidatura à reeleição
de Pedro Dias. O caminho pela RS-786 iria atrasar a chegada de Dani em pelo
menos vinte minutos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Que
droga! [pensou em voz alta] Quem faz bandeiraço numa QUARTA às 8:45?!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
***<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Boa
tarde! [disse Janaína, de forma debochada, quando Daniela
chegou ao salão, às 9:25]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Daniela
devolveu o cumprimento apenas com um aceno e um sorriso, elementos que seus
amigos sabiam ser algo quase cínico, mas
que para a primeira-dama soaria como um pedido de desculpas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Quando
Janaína chegou, pontualmente às nove horas, Leonardo já tratou de começar os trabalhos nos cabelos da cliente. Também não tinha muita afeição pela mulher, mas estava interessado é no pagamento que receberia, sobre tudo nas gorgetas. Beth
chegou a se oferecer para fazer as unhas, mas, como não tinha o nível artístico de Dani, fora rejeitada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- E
então, dona Janaína, qual cor vai querer?
[perguntou Daniela, simpatissíssima para
quem não a conhecia]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Ah,
pode ser aquele vermelho que fiz a última vez... [dizia Janaína, quando
Léo fez uma pausa para que pudesse
escolher o esmalte certo. Então, os olhos da mulher se fixaram em um vidro
específico] Não! Eu quero AQUELE vermelho!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
O vidro
que Janaína fitava com olhar fascinante era o
mesmo que encantara a própria manicure no dia anterior.
Aquele tom de vermelho se sobressaia aos demais, tal era sua beleza. Ao pegar o
vidro para iniciar o serviço, Dani podia jurar que o mesmo estava aquecido pela
intensidade e força do esmalte colorido. Bonito demais para esta vaca, pensou.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
O dia
estava com céu de brigadeiro. Depois da
tempestade sempre vem a bonança, dizia o velho ditado. Seria uma tarde que
daria praia, pensava a manicure. Enquanto trabalhava, Dani refugiou-se nela
mesma, ignorando o papo furado da mulher do prefeito, imaginando-se à beira-mar com as filhas, promessa que fizera e adiara inúmeras vezes no último
verão, e respondendo com monossílabas
esporadicamente. Se estivesse um dia cinzento, imaginaria-se em uma tarde em
casa, com Amanda e Luísa, vendo um DVD (poderia até ser o do Chaves!) e comendo pipoca. Afinal, qualquer refúgio interno era melhor do que ouvir conscientemente a falação
fútil e desenfreada de Janaína.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
De
fato, a cliente era apenas uma esposa troféu.
Só acompanhava o marido em viagens para
servir de adorno, e não se importava com isto. Tampouco dava sinais de se
incomodar com os falatórios sobre a diferença de idade
de vinte e sete anos entre eles. Sua vida era ter um cartão de crédito com um belo limite, visitar locais chiques, ter as
melhores roupas, frequentar os melhores hotéis
e, o mais divertido, contar tudo para os menos afortunados e causar inveja.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Nem
Daniela, nem Janaína perceberam quando, por menos
de cinco segundos, uma nuvem passageira cobriu o sol, criando uma sombra sobre
o salão que logo se dissipou. Mas ambas perceberam que a temperatura caiu uns
cinco graus repentinamente, já que quase
coordenadamente sentiram um arrepio na espinha dorsal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Léo e a mania de ligar o ar no mínimo! [disse Daniela]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
O
aparelho de ar condicionado localizava-se na parede atrás do cabeleireiro. E marcava exatos 25°.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
***<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Perto
das 11 da manhã o trabalho de Dani havia sido concluído. O esmero era impressionante e louvável. As decorações em amarelo e preto sobre o esmalte
vermelho, as cores do partido do atual prefeito, assentaram bem, tendo a mulher
escolhido tribais indistintos e, no polegar da mão direita, um símbolo chinês que
significava "fortuna".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Enquanto
Léo dava os últimos retoques no penteado de Janaína, Dani foi consultar a sua agenda. Lembrava-se de ter um
serviço marcado para o meio-dia, mas quis confirmar. Encontrou o nome da
cliente riscado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Ué?! A Thaís desmarcou? [perguntara à Beth]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Sim,
ela me mandou um WhatsApp pela manhã, remarcou para sexta. Tudo bem?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Sim,
sem problema. Vou aproveitar e marcar para a Amanda. Quinta tem Feira de Ciências, aí já faço as unhas dela hoje, já que não sei que hora vou chegar em casa depois do trabalho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
As
engrenagens do destino novamente funcionavam à todo vapor, e o rumo da vida de Daniela, Amanda e até da pequena Luísa seria
alterado drásticamente com um punhado de
palavras enviadas através de um aplicativo de mensagens
eletrônicas: "Filha, vem aqui no salão a uma hora. Marquei horário para ti".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
***<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Sem
nenhum evento político, os ônibus puderam trafegar
novamente pelas rotas pré-determinadas. Eram 13:25 quando
Amanda e Luísa desembarcaram no ponto mais
próximo ao salão da mãe.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
-
Promete que deixa eu pintar as unhas também?
[perguntara Luísa. A caçula era fascinada pela
arte. Apesar de Amanda também gostar,
Dani sabia que Luísa é quem seria sua sucessora]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Sim.
Anda, mana, senão vamos nos atrasar!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Amanda
sabia o quanto a mãe era ocupada, e estava ansiosa: faria todas as amigas
morrerem de inveja. Sempre ficavam roxas de ciúme cada vez que Daniela decorava as unhas dela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Ao
chegarem no salão, cumprimentaram Léo, que
estava saindo para almoço. Daniela estava no sofá, lendo uma velha edição da Revista Contigo. Luísa desvencilhou-se da mão da irmã e foi correndo abraçar a
mãe.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Mãe!
Te amo!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Também te amo, filha. Como foi na creche?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Bom!
A gente olhou o Chaves! A tia levou um DVD com um monte de episódio!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Uau!
Por isto que tu não chorou?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Não,
mas porque a mana falou que, se eu não chorasse, a mãe ia pintar a minha unha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Dani
não pode deixar de sorrir, abraçar e beijar a caçula. Em seu depoimento à polícia na tarde seguinte, Léo descreveria esta cena.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- E
então, Amanda. [perguntou Dani] Já escolheu
a cor?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Já, mãe. Vou querer este vermelho que tu tá usando.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
É
impossível resistir a ele, pensou Dani. Será que aquele velho esmalte seria tendência? Será que ela o
havia ressucitado para brilhar?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Ah!
Eu também! [disse Luísa] Todo mundo de vermelho, igual o Chapolin!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Dani e
Amanda riram com gosto, enquanto a garota se instalava na poltrona de serviço.
Novamente, quando Daniela pegou o velho frasco, uma grande e densa nuvem tapou
o sol por uma fração de segundos, seguida por uma queda brusca na temperatura.
O ar condicionado ainda marcava amenos 25°, e
Dani estranhou o arrepio que sentira. Coisas da idade, concluiu, enquanto
ajeitava-se para manicurar as unhas da filha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
***<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Um
Logan escuro com um adesivo escrito DELEGADO TOFFANI PREFEITO e placas de Porto
Alegre parava no estacionamento do Cemitério Municipal de Tramandaí,
cidade vizinha a Imbé. O motorista, um atraente jovem
senhor, dirigiu-se a loja de flores e velas que comodamente instalara-se onde
antigamente era a Lancheria Vegas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Todos
os anos aquele homem repetia o mesmo ritual, na mesma data, há pelo menos 25 anos. Estar na reta final da campanha política onde era candidato à prefeito em Torres, cidade há duas
horas de distância de Tramandaí, não iria
impedir de visitar o túmulo de alguém por quem ele nutre tanto carinho, tantos bons sentimentos.
Apesar de já ser casado há duas décadas, certas paixões nem a
morte consegue fazer esquecer.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Pai?
[uma voz o chamava na entrada do cemitério]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Sim,
Elisa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Posso
ir contigo? Não quero esperar no carro. E cemitérios me dão medo... [disse
Elisa, com um sorriso trêmulo, enquanto roía as unhas curtas, vício
hereditário do qual ele não se orgulhava]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Eduardo
sorriu. Elisa já tinha 14 anos, dois anos a
menos do que a garota que ele visitava teria eternamente. Não haveria como elas
se parecerem, mas ele achava que, de certa forma, tinham alguma semelhança na
parte da ingenuidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<span style="font-size: 10pt; text-align: right;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
-
Claro. Não vamos demorar, filha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
Fim da terceira parte. Uma ótima manhã, tarde, noite, madrugada, aonde for que você estiver, um ótimo dia, fiquem ligados para a quarta parte!<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">*EXCLUSIVO CREEPYPASTA PURO / POR WAGNER DE LA CRUZ*</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/07471914324671955455noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-63246153061310143922016-11-29T21:45:00.000-03:002016-11-29T21:45:23.569-03:00Nota de Luto - Chapecoense Futebol ClubeOlá, uma boa noite que não vem sendo tão boa para vocês leitores.<br />
<br />
Infelizmente, como vocês podem ou não ter ficado sabendo, o time Chapecoense Futebol Clube estava a caminho da Colômbia para disputar a final da Copa Sul-Americana, porém, a 1h15min do dia de hoje (29/11), o avião perdeu contato com a torre de controle e caiu logo em seguida.<br />
<br />
Nesta tragédia, havia 81 pessoas a bordo, da qual morreram 76 pessoas e sobreviveram 5.<br />
Isto é a maior tragédia do esporte, nunca havia morrido tanta pessoa assim em casos parecidos, como Manchester United (1958) e Torino (1949).<br />
<br />
Mas enfim, não venho aqui para noticiar e para falar de números, venho aqui para expressar minha tristeza, que não tem tamanho, e talvez não só a minha tristeza, como a tristeza do mundo, pois este fato comoveu muita gente, e isso tocou meu coração.<br />
<br />
Morreram jogadores, jornalistas, comissão técnica, mas enfim, como será que a família dessas pessoas devem estar sentindo?<br />
<br />
Então, estarei declarando luto aqui no blog, encerrando as atividades do blog por três dias, até porque o clima não está muito favorável para se ler sobre Creepypastas.<br />
<br />
Estarei fazendo isso como um ato de respeito, até porque eu conhecia algumas pessoas do clube, e isto me comoveu muito, mas muito mesmo, então, este é o motivo.<br />
<br />
Este desastre tocou o mundo, nada mais justo do que ficarmos de LUTO e orarmos pelos nossos jogadores.<br />
<br />
"Prefiro acreditar que Jesus precisou de jogadores para uma partida amistosa no céu", - Anonimo.<br />
#ForçaChape.Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-76151904311558007742016-11-27T22:40:00.003-03:002016-12-01T07:46:06.722-03:00Creepypasta dos Fãs - Nail's Art (Parte 2)Olá novamente, postando aqui a segunda parte desta épica série. Se você não leu a primeira parte, por favor, <a href="https://creepypastapuro.blogspot.com.br/2016/11/creepypasta-dos-fas-e-nova-serie-nails.html">CLIQUE AQUI</a>.<br />
Vamos para a Creepypasta!<br />
<br />
<span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large; text-align: center;"> Nail's Art (Parte 2) </span><span style="font-size: 10pt; text-align: right;">por Wagner De La Cruz</span></span><br />
<span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: 10pt; text-align: right;"><br /></span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
A chuva
amenizara na tarde em Imbé. O Beautiful & Chic
localizava-se na área nobre do município, na avenida principal, rodeado por lojas e comércios. Beth inaugurou o salão no início de 2008. E agora, oito anos depois, já era um dos mais conceituados da pequena cidade gaúcha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Daniela
morava em Imbé há pouco mais de dois anos, vivia com suas duas filhas em Santa
Terezinha, bairro de classe média no
extremo norte da cidade. Seu falecido marido, Roberto Ciechoski, era professor
de história em Porto Alegre. Quando Roberto
morreu, quase três anos atrás, vítima de um enfarto fulminante
enquanto dava aula, Daniela ficou arrasada. Amava demais o marido, estavam
juntos desde que tinham 14 anos. Sua filha mais nova, Luísa, tinha menos de dois meses. Viúva, com duas crianças pequenas para criar, e sem o homem de
sua vida! O cenário não poderia ser pior para Daniela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Após crises de depressão, apatia e sucessivas idas a psicólogos, Dani decidiu mudar-se para o litoral norte. Em Imbé poderia iniciar uma nova vida e, com o tempo, aprender a
conviver com a dor. Porto Alegre lhe fazia mal, tinha muitas lembranças, e
precisava de novos ares para superar a perda. Mais do que isto: precisava ser
forte, já que agora tudo que as meninas tinham
era ela! Assim, juntou suas economias, vendeu sua casa na capital e partiu rumo à praia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Apesar
de receber uma pensão de seu falecido marido, o dinheiro não era suficiente
para proporcionar a ela e às filhas
uma vida suficientemente confortável. Sendo
assim, Dani voltou a exercer a profissão
que tinha antes de casar-se: manicure e pedicure. Era um verdadeiro dom, tinha
noção disto. Ninguém que conhecia era mais hábil.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Após dois meses atendendo em sua casa e esporadicamente à domicílio sem ter um retorno satisfatório (a população de Imbé era de apenas 15 mil habitantes), Dani resolveu tentar um emprego em algum
salão de beleza. Amanda já tinha 13 anos, e poderia cuidar
de Luísa a tarde, quando retornasse da escola
e pegasse a irmã na creche.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Sua
primeira tentativa foi exatamente no Beautiful & Chic. Quando Beth pôs os
olhos nas unhas decoradas de Dani achou que eram decalques, tal a perfeição na
arte. Ao descobrir que era pura técnica,
Beth não deixou Dani sair do salão sem a garantia de que a manicure faria parte
do seu quadro de funcionários.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Agora,
dois anos depois, os problemas de Dani pareciam algo distantes. Aos 33 anos,
bem empregada e gozando de ótima
reputação, sentia-se feliz. Roberto sempre lhe fará falta, obviamente. Foram dezesseis anos de casamento. Mas já lidava bem com isto, e transferira todo o seu amor para
suas meninas. Eram sua vida e motivação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Mais
alguma coisa? [perguntava-lhe a atendente da Lancheria Shallom]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Pode
me trazer também uma lata de Coca-Cola.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Enquanto
aguardava o xis salada com refrigerante, Dani resolveu ligar para Amanda. Já eram 13:45, geralmente ligava para a filha quinze minutos
antes disso. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
No
segundo toque alguém atendeu, e uma voz de choro do outro lado da linha fez
Daniela afastar o celular do ouvido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
***<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
O
telefone do Beautiful & Chic tocou no exato instante que Leonardo, um dos
cabeleireiros, chegava. Com um aceno de cabeça cumprimentou Beth, que
distraidamente lia o Diário Imbeense, acompanhando o
desenrolar da campanha política que só terminaria em dois meses.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
-
Beautiful & Chic, boa tarde! [Falou Leonardo, com sua voz afetada característica]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Oi Léo, é a Janaína.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Janaína Dias, primeira-dama da cidade, uma das clientes fixas do salão.
Beth não nutria grande simpatia nem por ela nem pelo marido. Não tornava isto público, evidentemente, mas também não se importaria se o atual prefeito fosse derrotado nas
urnas em outubro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
-
Faaaala, guria! [prosseguiu Léo] O que é que manda?!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Amanhã
vou querer um tratamento completo, ok? Cabelo, sobrancelhas, depilação, unhas... tudo que tiver direito! Tem como marcar?</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
-
"Tem como marcar?"? Menina, aqui você maaanda! Claro que tem! Que horas vai querer?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Pode
ser umas nove da manhã? Pedro e eu vamos à Brasília e...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
-
Marcadinho, amiga! Te aguardamos amanhã então.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
-
Certo. Obrigada Léo. Você<span lang="ZH-CN"> </span>é um
amor!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Dindim
torna as pessoas tão amorosas, pensou Léo. Despediu-se e, após anotar
na agenda os horários para Janaína, serviu-se de um café.
Sem açúcar e quase escaldante, como ele
gostava.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- E a
Dani? [perguntou o rapaz à Beth]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Beth
recapitulou o que Daniela lhe contara. A
cada evento estranho Léo, um notório medroso, levava as mãos à boca, exclamando um AI! meio assustado meio afeminado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
***<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- O que
está<span lang="ZH-CN"> </span>acontecendo,
Amanda?! [falava Daniela ao celular]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
-
Tiraram o Chaves! [disse a filha, enquanto o berreiro seguia ao fundo, na
linha, como uma música incidental]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Ãhn?!
[Dani pegou-se confusa]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
-
Assim, o SBT tirou o Chaves para botar um jornal que ninguém olha. E agora a Luísa quer
ver o Chaves e não pára de chorar!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- ...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Mãe?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Sim,
filha. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- O quê que eu faço?!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Ai,
Amanda. Não sei. Por que você não
brinca um pouco com ela? Já, já ela esquece e...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Já tentei! Ela só quer ver
o Chaves, mãe!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Daniela
respirou fundo. Não gostava de ver a filha chorando. Queria poder fazer todas
as vontades das garotas, mesmo quando não dependia dela, como era o caso. Não
poderia obrigar o SBT a passar o maldito Chaves.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Então,
lembrou que tinha ganho um dinheiro a mais pelo último trabalho, e sugeriu à Amanda que fosse com Luísa até a locadora do centro do bairro, há dez minutos de casa, e alugasse em sua ficha um DVD do
Chaves. A diária não era muito barata, dava
quase duas passagens de ônibus, mas
faria isto pela sua caçula. À noite, explicaria para ela que Chaves
agora só<span lang="ZH-CN"> </span>teria aos fins
de semana. Mas, por ora, resolveria assim a situação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Quando
o lanche chegou, cinco minutos mais tarde, Dani despediu-se da filha, e
recomendou que se cuidasse, como fazia todos os dias. Mal deu a primeira
mordida no cheeseburguer e seu celular novamente vibrou. Era um Whatsapp. Léo estava avisando do serviço marcado para o outro dia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
OK.
Digitou e enviou.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
E
pôs-se a comer rapidamente. Estava com muita fome. E o lanche dalí era delicioso! Dani parecia comer como se fosse o último xis que poderia degustar. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Se
pensasse realmente isto, não estaria tão errada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
***<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
O
restante do dia foi um tanto tedioso. Apenas duas clientes, ambas depilação
para Beth, foram ao Beautiful & Chic. A maior parte do tempo Dani e Léo falaram sobre alimentação, como quase todos os dias. Ele,
esguio e rato de academia, era um perfeito natureba. Não comia nada que
pudesse, em suas palavras, "prejudicar o corpinho". Já Daniela, mais para Melissa McCarthy do que para Gisele B<span style="background-color: white; color: #6a6a6a; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: x-small; font-weight: bold;">ü</span><span style="text-indent: 22pt;">ndchen, era totalmente avessa a dietas. Gostava de comer
aquilo que tinha vontade e pronto.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<span style="text-indent: 22pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
A tarde
se arrastava lentamente. Já não
chovia, mas o vento que soprava era gelado e desmotivava qualquer pessoa a sair
de casa. Eram 18:25 quando Dani se dirigiu ao ponto de ônibus. Pelos seus cálculos não esperaria mais do que dez minutos até o Expresso Boto passar, mas, infelizmente, o relógio do motorista não estava alinhado ao seu, de modo que só embarcou às 18:48.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Chegou
em casa já passava das sete e meia da noite.
Amanda havia preparado uma macarronada de carne moída e aguardava a mãe assistindo ao Atualidades Pampa, um velho
hábito que a garota involuntariamente
herdou do pai. Sempre antenada com os assuntos mais relevantes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Luísa já estava dormindo. Era muito raro
Daniela encontrar a filha ainda desperta quando chegava do serviço, mas nunca
deixara de dar-lhe um beijo de boa noite e
passar o início da manhã com a garota. Como
já dito, não queria que lhes faltasse
nada, principalmente amor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Após o jantar, lavou a louça enquanto ouvia a Rádio Gaúcha, hábito que ela mesma adquirira do marido. Mal prestava atenção às notícias, mas era algo que a fazia
sentir como se Roberto estivesse alí.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Quando
Amanda foi deitar-se, lá pelas 22 horas, Daniela foi
tomar um banho quente. Deu-se ao luxo de demorar 25 minutos sob a ducha, e, ao
sair, tomou um copo de leite quente, para ajudá-la a adentrar no mundo dos sonhos. Teria um grande dia pela
frente.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
Fim da segunda parte, meus amigos. Uma ótima noite para vocês.</div>
<div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-size: x-small;">*EXCLUSIVO CREEPYPASTA PURO / POR WAGNER DE LA CRUZ*</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/07471914324671955455noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-30014614427472938312016-11-25T20:11:00.000-03:002016-11-25T20:15:25.793-03:00Creepypasta dos Fãs *E NOVA SÉRIE* - Nail's Art (Parte 1)Olá queridos fãs e visitantes do blog, venho anunciar neste momento uma nova série genial, criada pelo único e estupendo, Wagner De La Cruz! Sim, Wagner irá mais uma ver mexer com a sua cabeça com o seu novo conto do gênero Supense/Drama. Segue a sua sinopse:<br />
<br />
Elogiadíssima em sua profissão, a manicure Daniela é uma verdadeira guerreira.<br />
<br />
Viúva e mãe de duas filhas, Dani, como é conhecida, mora no pacato município de Imbé, uma das mais belas praias do sul, onde trabalha num dos salões de beleza mais conceituados da região.<br />
<br />
Ela não sabe, mas, ao passar a utilizar um esmalte fora de linha esquecido em seu acervo, e que inacreditavelmente torna-se tendência entre suas clientes, irá alterar o destino de toda uma cidade, atraindo uma onda rubra de medo, dor e violência para o coração do litoral.<br />
<br />
Autor de "Contos do De La Cruz", "A Defensora" e "Horror na Escola", Wagner De La Cruz presenteia seus leitores com a sua novela mais perturbadora.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-large;">Nail's Art (Parte 1) </span><span style="font-size: 10pt; text-align: right;">por Wagner De La Cruz</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Daniela
assustou-se ao voltar da pequena cozinha do salão de beleza onde
trabalhava. Eram 12:34, e, até onde lembrava-se, havia fechado a porta da frente. Devia ter
se confundido, já que, ao regressar ao hall de
entrada, havia uma cliente lhe esperando.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
A
manicure nunca tinha visto aquela senhora, nem lembrava de ter agendado algum
serviço para o horário do almoço. Clientes ao
meio-dia eram muito raras, ainda mais em uma terça-feira fria e chuvosa de agosto.
Sua patroa, Beth Rossner, havia saído há menos de dez minutos e tamb<span lang="ZH-CN" style="font-family: "simsun"; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">é</span>m
nada lhe dissera. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Bom
dia, digo, boa tarde senhora<span style="font-family: "simsun";">...</span> Pois não?
[Disse Dani, colocando seu prato fumegante de miojo feito no microoondas sobre
a bancada da recepção]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Olá. Eu gostaria de um serviço completo de manicure. É possível?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
A
cliente tinha uma voz arrastada, mas decidida. Algo em seu olhar pareceu
cativar Dani. A mulher beirava os cinquenta anos, tinha a pele muito branca e
usava uma maquiagem um pouco exagerada, mas bem feita. Ao falar, esboçava um
sorriso discreto e insinuante, que se emoldurava bem em combinação com os
longos cabelos lisos, o rosto comprido e nariz adunco.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Um
trovão ribombou ao longe enquanto a cliente aguardava a resposta. Dani sorriu
um pouco insegura:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
-
Claro! Não tenho ninguém marcado até as 15 horas. Só um
momento [Dani respondeu e, com o prato de comida, dirigiu-se rapidamente de volta
à cozinha]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Que ótimo! Você<span lang="ZH-CN"> </span><span style="text-indent: 29.3333px;">é </span><span style="text-indent: 22pt;">a Daniela né</span><span style="text-indent: 22pt;">?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Outro
trovão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Ainda mais
surpresa com aquela situação atípica, Dani
voltou lentamente at<span style="text-indent: 29.3333px;">é</span> o hall, carregando sua maleta de
ferro com os utens<span style="text-indent: 29.3333px;">í</span><span style="text-indent: 22pt;">lios de serviço.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- S-sim<span style="font-family: "simsun";">...</span> C-como sabe meu<span style="font-family: "simsun";">...</span> como sabe
meu nome?!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
A
cliente mexia em sua pequena bolsa de couro negra, que parecia ser adereço do
vestido que utilizava, e se voltou sorrindo para Dani, mostrando-lhe um pequeno
panfleto rosa que acabara de tirar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- É o que
diz aqui, no an<span style="text-indent: 29.3333px;">ú</span><span style="text-indent: 22pt;">ncio do salão<span style="font-family: "simsun";">...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<span lang="ZH-CN" style="font-family: "simsun"; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
O
folder dizia ESPAÇO BEAUTIFUL & CHIC - SALÃO DE BELEZA, com informações e
gravuras dos serviços do local, e, bem no rodap<span style="text-indent: 29.3333px;">é</span><span style="text-indent: 22pt;">, os n</span><span style="text-indent: 29.3333px;">ú</span><span style="text-indent: 22pt;">meros de telefone e WhatsApp ao
lado dos nomes das respons</span><span style="text-indent: 29.3333px;">á</span><span style="text-indent: 22pt;">veis pelos
trabalhos, incluindo Dani.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
A
manicure sentiu o rosto arder e corar. Que gafe! E era uma cliente nova! Devia
ach<span style="text-indent: 29.3333px;">á</span><span style="text-indent: 22pt;">-la maluca<span style="font-family: "simsun";">...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<span lang="ZH-CN" style="font-family: "simsun"; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
-
Perdão, senhora<span style="font-family: "simsun";">...</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<span lang="ZH-CN" style="font-family: "simsun"; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- J<span style="text-indent: 29.3333px;">é</span><span style="text-indent: 22pt;">ssica. J</span><span style="text-indent: 29.3333px;">é</span><span style="text-indent: 22pt;">ssica Dumore.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Bem, me perdoe, dona J<span style="text-indent: 29.3333px;">é</span><span style="text-indent: 22pt;">ssica, </span><span style="text-indent: 29.3333px;">é</span><span style="text-indent: 22pt;"> que fizemos os folders h</span><span style="text-indent: 29.3333px;">á</span><span style="text-indent: 22pt;"> pouco tempo, não me acostumei ainda e...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Tudo
bem [disse J<span style="text-indent: 29.3333px;">é</span><span style="text-indent: 22pt;">ssica, simp</span><span style="text-indent: 29.3333px;">á</span><span style="text-indent: 22pt;">tica], não se incomode com isto. Mas gostaria que começasse o
quanto antes, ok? [desta vez, mais rompante]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Sim
senhora. A senhora j<span style="text-indent: 29.3333px;">á</span><span style="text-indent: 22pt;"> escolheu o esmalt</span><span lang="ZH-CN" style="font-family: "simsun"; text-indent: 22pt;">…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<span lang="ZH-CN" style="font-family: "simsun"; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Sim!
[cortou a cliente] Aquele vermelho, o primeiro da segunda prateleira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Dani
virou-se para as enormes prateleiras de esmaltes. Havia pelo menos duas
centenas de vidros, com absolutamente todas as cores e uma infinidade de
marcas. O que J<span style="text-indent: 29.3333px;">é</span><span style="text-indent: 22pt;">ssica indicou era de um vermelho
escarlate, encorpado, com um frasco ú</span><span style="text-indent: 22pt;">nico e com
o ró</span><span style="text-indent: 22pt;">tulo apagado. Ao pegá</span><span style="text-indent: 22pt;">-lo, Dani não se lembrou dele. Parecia um produto artesanal. Tinha
certeza que o modelo do recipiente e o formato do pincel estavam fora de linha
há</span><span style="text-indent: 22pt;"> muito tempo. Será</span><span style="text-indent: 22pt;"> que já</span><span style="text-indent: 22pt;"> não estaria seco?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Enquanto
colocava a água para ferver na jarra elétrica, Dani abriu o frasco. Incrivelmente o pincel estava úmido, e não havia o menor sinal de crostas. Era como se o
velho esmalte nunca tivesse sido aberto. O cheiro do produto era forte, acre,
mas a cor<span style="font-family: "simsun";">...</span> ah! A cor era belíssima! Um vermelho vivo, pungente, parecia capaz de
hipnotizar. Por quê nunca ninguém o havia escolhido? Estava no salão há quase dois anos e não entendia como não o utilizara antes. Vou oferecê-lo a todas as clientes daqui por diante, pensou. Ante o pensamento
da manicure, Jéssica sorriu na poltrona.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
***<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
A chuva
tornou-se mais forte e os relâmpagos mais constantes enquanto Dani manicurava. A
temperatura pareceu diminuir drásticamente,
mesmo para a época. Jéssica não era exatamente uma cliente 'falante', de modo que,
após duas ou três tentativas de puxar assunto retribuídas com falas monossilábicas,
Dani desistira de qualquer interação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Na
verdade, a manicure sentiu-se um pouco intimidada durante a execução do
trabalho. Jéssica Dumore parecia ter os olhos
fixos em Dani, como se avaliasse algo mais do que seu desempenho profissional. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Por
fim, as unhas ficaram prontas. Mais uma vez, Dani ficara orgulhosa de seu êxito. Era, de fato, excelente naquilo que fazia. Um sorriso
tão enigmático quanto o de uma Monalisa moderna
surgiu nos lábios de Jéssica quando examinou o serviço.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
-
Perfeito! [disse Dumore, com a voz ronronante de Kathleen Turner] Quanto lhe
devo?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
-
Obrigado. [Dani sentiu-se encabulada] São quinze re...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
"I've
had, the time of my live...", a música tema
de Dirty Dancing começou a tocar. Era o toque do celular de Dani. Ela havia
deixado o aparelho sobre a pia quando preparava o almoço. Pela hora, talvez
fosse Amanda, sua filha mais velha. Sempre ligava por volta das duas da tarde.
Pedindo licença para Jéssica, dirigiu-se rapidamente à pequena cozinha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
O
telefone parou de tocar quando Daniela foi atender. O visor mostrava <NÚM.
RESTRITO>. Deve ser alguma empresa de cartão, pensou a manicure, enquanto
regressava para o local de trabalho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- São
quin...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<span lang="ZH-CN" style="font-family: "simsun"; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Novamente
não terminara a frase. Jéssica Dumore havia desaparecido!
Impossível, pensou Dani, ela estava aqui há vinte segundos!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Sobre a
mesa de serviço estava uma nota de R$50,00, dobrada abaixo do vidro do esmalte
escolhido. Ao lado, um cartão de visita com os dizeres JÉSSICA DUMORE em letras
estilizadas, com um número de telefone com o DDD 92 em
relevo, margeado por tribais de cor dourada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Intrigada,
Dani tentava imaginar o quê afinal de
contas fazia sua nova cliente, já que o
cartão que agora segurava nada especificava, quando uma mão repousou sobre seu
ombro esquerdo. Dani gritou, girando nos calcanhares, encontrando o rosto
surpreso de Beth Rossner.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
A
manicure perdeu e equilibrio e Beth precisou segurá-la e ajudá-la a se
sentar. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Meu
Deus, Dani! O que houve, criatura?! Você está tão pálida!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Dani
lhe contou, sentindo-se tola e levemente irritada quando Beth finalmente riu do
susto involuntário que causou.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Calma,
amiga. [Beth falou] Ela devia estar com muita pressa, você mesma disse que ela queria um serviço rápido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Mas... você não a viu quando chegou?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Não,
mas ela pode ter saído por outro lado. E também, posso ter visto e nem notado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Sim,
mas,.. Ai, sei lá!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
Beth
riu novamente da confusão de Dani. Desta vez, tendo companhia da mesma.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Olha
[disse Beth], vai almoçar, amiga. Sei que tá com fome. Pode até ir na lancheria alí da frente, hoje tá bem
tranquilo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
- Tem
certeza?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
-
Claro! Você merece, depois de hoje!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
E
novamente riram. Dani, ainda nervosa, mas um pouco mais calma, levantou-se e foi
pegar sua bolsa. Beth, distraidamente, guardou a chave que usara para entrar e foi
preparar um café para as possíveis clientes.<o:p></o:p></div>
<h2 style="mso-char-indent-count: 2.0; text-indent: 22.0pt;">
</h2>
Então esta é a primeira parte de um longo conto cheio de surpresas e mistérios, espero que tenham gostado, obrigado pela atenção de vocês, e lá vamos nós, aos poucos, mas estamos nos reerguendo.<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">*EXCLUSIVO CREEPYPASTA PURO / POR WAGNER DE LA CRUZ*</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/07471914324671955455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-25090282120180156312016-11-23T08:31:00.001-03:002016-11-23T08:31:35.276-03:00Creepypasta dos Fãs - Horror na Escola<div>
- Se apresse, menino! Vai se atrasar! [gritava Íris para o filho].</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
Já passava do meio-dia e Bruno ainda não estava pronto para almoçar e ir para a escola. Na verdade, ainda estava só de cuecas e metido embaixo das cobertas quando sua mãe chamou.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
Na noite anterior o Telecine Cult transmitiu "O Exorcista", clássico que ele apenas ouviu falar, mas nunca havia assistido. Sempre lhe disseram que era o filme mais assustador de todos os tempos, o que despertou sua curiosidade quando viu, no final da tarde passada, que estaria em exibição.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
O horário marcado era 02:25, Bruno precisou deixar o despertador ligado para não perder a hora. Assim, com a TV do quarto em volume baixo, para não atrapalhar o sono dos pais e receber um bronca, ele assistiu a obra-prima de William Friedkin sem medo, do auge dos seus nove anos. Bom, não exatamente sem medo. Ao término do filme, já passada as cinco da manhã, as cenas da possessão da garota Reagan não saiam de sua mente. Era fechar os olhos que as imagens do vômito verde, o giro da cabeça, a masturbação com o crucifixo (que ele sequer entendeu bem) ou a levitação teimavam em surgir. Claro que ninguém saberia disto, já que seria humilhante para um homem admitir que ficou com medo de um filmezinho bobo, assim pensava.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div>
O sono só chegou muito tempo depois do Sol raiar e iluminar parcialmente o quarto do garoto. Ainda que tivesse medo de que, a qualquer instante, sua cama fosse começar a balançar, sentiu-se mais seguro sendo dia e os pais estarem acordados. Quando escutou o pai ligar o chuveiro caiu no sono quase instantâneamente. Não teve pesadelos. Na verdade, nem teve certeza se dormiu, tinha a impressão de num instante fechar os olhos e no outro ser despertado pela mãe.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div>
Preguiçosamente, vestiu a primeira camiseta que sua mão tocou e dirigiu-se para o banheiro, semi-acordado. Lavou o rosto, escovou os dentes, urinou abundantemente (não o fazia há mais de dez horas) e tomou um banho rápido, quase frio, mais para despertar do que para higienizar-se. Após fechar o chuveiro e apertar a toalha contra os olhos ao secar-se, já se sentia mais disposto. </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div>
O cheiro da comida da mãe era delicioso. O aroma do feijão bem temperado atiçou o estômago de Bruno logo que ele saiu do quarto, já vestido para o colégio. Tinha fome. E agradecia a Deus pelo cardápio não trazer sopa de ervilhas. </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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*****</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Bruno estava no segundo ano. Estudava na Escola Municipal de Ensino Fundamental Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, em Novo Hamburgo, no bairro Redentora. Era um dia bonito de outubro, em plena primavera, com o Sol brilhando e uma leve brisa impedindo que o calor insuportável se instalasse.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Exatamente para aproveitar a tarde, a professora resolvera antecipar a Educação Física, que estava programada apenas para o próximo dia.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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- Não é dia de ficarmos trancados na sala! [Dizia animadamente Fernanda, a mestra, que na verdade era uma estagiária e não tinha idade nem para ser mãe dos seus alunos].</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div>
Bruno gostava de futebol, mas, após dormir pouco e ter comido rapidamente no almoço, não se sentia muito animado para jogar. Mesmo assim, atendendo a pedidos dos seus colegas e, principalmente, porque Marianne, a menina que ele gostava, estava olhando, decidiu jogar um pouco. Bem pouco, na verdade, já que, cinco minutos após entrar na quadra, uma bola afortunadamente acertou seu nariz, após um colega do time adversário chutá-la forte e sem direção. Bruno caiu de costas, enquanto enxergava raios de todas as cores e formas graças a bolada. Fernanda chegou a correr para acudí-lo, mas as risadas dos colegas, juntamente com a vergonha de ter feito papel de bobo à frente da mulher da sua vida trataram de reanimá-lo imediatamente.</div>
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*****</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Nuvens começavam a se formar, escondendo o Sol. A brisa já começava a tomar forma de vento e, por precaução, Fernanda decidiu que era melhor retornarem à classe.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div>
Mais cansado ainda, após tentar exibir-se para Marianne e ser nocauteado, passando o resto da aula emburrado, Bruno sentou-se pesadamente em seu lugar, no fundo, próximo à janela, e se pôs a conversar com Jean, seu colega e melhor amigo.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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- E aí? Viu o Exorcista ontem? [perguntava Bruno]</div>
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<br /></div>
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- Pior que não. Meus pais não me deixaram ver e…</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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- Ah! Não mente, cagão!</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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- Sério, cara! Eu ia olhar, sim!</div>
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<div>
- Aham, sei… Tava é com medinho, seu viado! Eu olhei todo e…</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div>
- Meninos… [interrompia a professora] Abram seus livros, agora é hora do conto.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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- Viadinho… [disse Bruno para Jean, quase inaudível, com um sorriso de canto de boca]</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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A hora do conto, para Bruno, era tédio puro. Nunca gostou muito de ler, nem mesmo quadrinhos. Se ler já era chato, dizia, imagina alguém ler para você! E a história de hoje era João e Maria, um conto que ele já ouvira umas quinhentas vezes e que achava muito infantil. Mesmo assim, resolveu acompanhar a professora Fernanda no seu Livro dos Contos, um calhamaço com cinquenta histórias que os alunos receberam no início do ano letivo.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div>
A chuva começava a cair, de imediato Bruno bocejou, mas seguiu acompanhando a fábula. Quando João e Maria encontraram a casa de doces na floresta, Bruno embaralhou a vista e quase não distinguiu as letras do texto. Quando João ofereceu um graveto para a Bruxa tocar, no lugar de seu dedinho, Bruno cochilou sobre o livro.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Acordou de sobressalto, com o barulho do granizo batendo no vidro da janela. De olhos arregalados, percebeu que estava sozinho na sala. Percebeu que estava com muito frio. Percebeu que já anoitecera…</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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*****</div>
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Quanto saiu do banho e vestiu-se para ir à escola, usava apenas uma calça jeans e uma camiseta gola polo, e saíra reclamando do calor.</div>
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- Leva uma blusa, pois esfria de tarde! [disse-lhe sua mãe].</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Bruno não lhe deu ouvidos, como era de praxe. Desta vez, porém, arrependia-se. O termômetro da sala, que a tarde registrava 25°, agora marcava 5°. Um frio atípico para a estação.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div>
Com os braços cruzados sobre o abdômem, caminhou até a porta, rezando para que não estivesse trancada. Um arrepio correu pelo pescoço quando tocou a maçaneta, sentindo todos os pêlos do corpo se eriçarem, mas, felizmente, estava destrancada.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div>
O frio fora da sala era estranhamente menos intenso. Porém, o corredor estava às escuras, bem como toda a escola. Pelo que o garoto lembrava, o interruptor se localizava em uma pilastra próxima à escada, há uns cinquenta passos de onde ele estava, segundo suas contas. Não queria passar a noite alí, mas, principalmente, não queria permanecer no escuro. </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Aguardou seus olhos acostumarem com a penumbra e, guiando-se pela parede, saiu para o corredor. Mentalmente ia contando os passos, quase não respirando de tensão, ouvindo o barulho do granizo no telhado. </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Vinte e sete, vinte e oito, vinte e nove…. O frio retornava com força. Agora ele podia ver nuvens de ar a cada respirada. Quase pensou em voltar correndo para a sala de aula, mas agora estava mais perto do interruptor, então decidiu acelerar o passo, quase correr.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Quarenta, quarenta e um, quaren… seus pés pisaram em algo molhado e viscoso. Mal teve tempo de registrar isto, pois vislumbrou a pilastra quase ao alcance das mãos. Deixando o apoio da parede, Bruno correu onde se lembrava que ficava a chave de energia. Seus dedos tocaram imediatamente as teclas e fez-se a luz! </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div>
Com o corredor perfeitamente iluminado, Bruno teve um hiato de cinco segundos de uma tranquilidade razoável, até registrar uma poça de sangue a menos de dez metros de onde ele estava. Seus olhos se voltaram primeiro para as pegadas rubras que seus tênis deixaram pelo caminho, e em seguida para o teto, sobre a poça, de onde pendia o corpo do senhor Mauro, o zelador da escola. Estava nu, pendurado pelos pés através de uma corda fixada em um suporte de uma das luminárias. Uma perfuração no centro do peito e o rosto completamente vermelho, com um semblante de sofrimento, davam a ideia de que sangrara até morrer.</div>
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<br /></div>
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As pernas de Bruno fraquejaram, seu estômago se contorceu, querendo expulsar o almoço. Inclinou-se sob o parapeito e, segurando-se nas barras, vomitou. O som ecoava na escola vazia. Pálido, ainda tremendo, contornou a poça e correu para o andar de baixo.</div>
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O térreo estava iluminado somente pelas luzes do segundo andar. O hall de entrada da escola tinha uma porta dupla de um vidro transparente, dando direto para o pátio principal. Bruno correu direto para lá, e forçou uma das folhas. Sem sucesso. A porta, além de trancada a chave, possuia uma corrente unindo os puxadores, do lado de fora, com aros grossos, e um cadeado.</div>
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Desesperado, jogou-se contra o vidro, que devolveu o mesmo impacto, atirando-lhe ao chão. Um trovão ribombou no pátio, sobre uma das traves de madeira da quadra de futebol. O fogo imediatamente começou a consumir as goleiras. Com dificuldade, Bruno levantou-se, apoiando o corpo nos pesados vasos de planta que ali haviam. Devido ao breu da noite, não havia percebido algo nas traves que, agora, devido ao fogo, podia ver melhor: Professora Fernanda, sem roupas, pendurada pelo pescoço em uma corda no meio do travessão e com as mãos amarradas às costas tremulava ao ritmo do vento. </div>
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Bruno ficou em estado de choque. Estático, permaneceu olhando fixamente para o pátio, com os olhos arregalados e a boca aberta. Só saiu do transe quando o fogo consumiu a corda e Fernanda, com os cabelos em chamas, caiu no chão de concreto. Ele precisava sair dalí, tinha de achar uma saída, não queria ficar preso naquela escola. </div>
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Sem ação, lembrou-se dos banheiros, que ficavam bem próximos da entrada. Cada compartimento possuia uma janelinha. Ele teria de tentar. Disparou na direção dos sanitários mesmo quase sem visibilidade, com a adrenalina em alta. Nem percebia que chorava até as lágrimas salgadas chegarem à sua boca.</div>
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Meio trôpego, Bruno deu com o nariz na porta do banheiro masculino. Testara a maçaneta insistentemente, quase a arrancando da fechadura, mas nada acontecia. Frustrado, escostou a testa na madeira e começou a chorar copiosamente, deixando-se deslizar até o chão enquanto soluçava.</div>
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Foi em meio às lágrimas que, olhando para a escada que conduzia ao segundo andar, vagamente iluminada, um movimento chamou-lhe a atenção: envolto em algo que parecia uma toga com capuz, um Ser praticamente deslizava rumo ao andar de baixo através dos degraus. Lentamente, o Ser virou a cabeça na direção de Bruno. Um par de olhos estrábicos, de um violeta vivo, fitaram o garoto. Da fenda negra abaixo do nariz, bem evidente devido a pele pálida, um largo sorriso com dentes disformes e amarelados surgiu. A coisa apontou um dedo para Bruno:</div>
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- Você… [a voz era quase um ronronado de um gato] Quero você…</div>
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A bexiga do menino soltou-se nesta hora. Nem percebeu o mijo quente escorrer por entre as pernas. A sua mente de garoto não havia lhe sugerido tentar o banheiro feminino. Era algo errado, proibido. Mas Bruno não mais importava-se com bons modos e, antes da criatura entrar na curva da escadaria, testou a porta do sanitário das meninas. Quase gargalhou ao achá-la destrancada. </div>
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Encostou-a sabendo ser inútil, já que não tinha a chave, mas não se preocupava com isto. Precisava ser rápido, podia sentir o farfalhar da toga nos degraus da escada há menos de trinta metros. Aliviou-se ao achar a tomada e ter o cômodo inteiramente iluminado.</div>
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O banheiro feminino tinha três compartimentos, e, instintivamente, dirigiu-se ao central. Ao abrir a porta sentiu uma nova onda de horror: Jean estava sentado, com as calças abaixadas. O colega de Bruno fôra decapitado, e só foi reconhecido pelo amigo graças a camiseta da banda Oasis, que usava frequentemente, agora ensopada de sangue. Tornando a cena ainda mais bizarra, Jean segurava em suas mãos, na frente da virilha, a cabeça de Marianne, que mantinha a boca escancarada em um eterno O e os olhos abertos sem vida e sem íris.</div>
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Pela primeira vez na noite Bruno gritou, e cambaleou de costas até encostar na parede, afastando-se daquele cenário aterrador. O ar parecia impregnado com o cheiro pesado de sangue. Um gosto de bile subiu à garganta do rapaz quando escutou passos vindo do exterior do banheiro.</div>
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Impelido pelo medo, entrou no compartimento central, e puxou o amigo morto para o lado, a fim de subir no vaso. Ao deslocar Jean, o defunto derrubou a cabeça de Marianne. O barulho foi semelhante ao que se ouve ao atirar um peixe sobre uma tábua de madeira. A janela abriu sem dificuldade no exato instante em que a porta rangia ao ser aberta lentamente. Bruno subiu na caixa descarga, escorregadia devido ao sangue, e içou-se pela pequena abertura acima. Em três segundos estava do lado de fora, estatelado na relva, de costas para cima. Virou-se a tempo de ver o rosto pálido do Ser na janelinha, ainda a lhe sorrir.</div>
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A chuva era fria, as roupas estavam empapadas, Bruno tremia e batia queixo. Levantou-se e caminhou em direção ao portão da escola. Um cheiro de carne de porco assada chegou ao seu nariz ao passar próximo do corpo fumegante da professora. Ela havia caído de lado, e não era mais do que um esqueleto envolto em pele negra ressecada, mas com os olhos estranhamente vivos a fitar o garoto.</div>
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O granizo castigava-lhe o corpo franzino. Estava exausto, machucado pela queda, chocado com tudo que havia passado, mas resistia à entrega bravamente. Precisava sair daquele inferno e buscar ajuda. Estava a menos de dez metros do portão quando uma pedra de gelo do tamanho de uma bola de pingue-pongue o acertou no supercílio, o derrubando de joelhos.</div>
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Com a visão turva, levou uma das mãos ao machucado e se assustou quando as pontas dos dedos se mancharam de sangue. Do SEU sangue. Apoiando um braço no solo, levantou-se novamente e deu dois passos até que uma nova pedra de gelo, desta vez quase do tamanho do um punho fechado, atingiu-o na face, jogando-o no chão lamacento. Um gosto ferroso de sangue inundou sua boca enquanto a chuva de granizo ganhava força, judiando-o por inteiro.</div>
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Mesmo no frio sentia o corpo arder nos locais em que era atingido. Num ato de desespero levou as mãos ao rosto para se proteger. Parecia que todo o granizo do mundo havia o escolhido para alvo. Ao virar-se de barriga para baixo instintivamente, a fim de proteger os órgãos vitais, uma última pedra atingiu-o na nuca. Bruno perdeu os sentidos em meio a tempestade, enquanto uma poça de sangue aquoso formava-se ao redor de seu corpo.</div>
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Um barulho contínuo trouxe-o de volta. Estava deitado em uma cama branca, num quarto branco, com uma pessoa de branco à sua frente. Tinha dificuldade para abrir os olhos, que estavam bem inchados, mas, ao vislumbrar a mãe sentada na poltrona a seu lado, quase fez o globo pular da cavidade. </div>
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A mãe foi até ele e o abraçou levemente enquanto chorava silenciosamente, evitando forçá-lo muito.</div>
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- Eu… [Dizia Bruno, quase sussurrando] eu tô vivo? Mãe?</div>
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- Sim, filho! Sim! [Íris começava a chorar mais alto] Deus é bom!</div>
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- Mas… mas como me acharam?</div>
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A mãe olhou para o doutor, que lhe devolveu o olhar, meio embascado, piscando através dos óculos de lentes esmaecidas.</div>
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- A diretora ligou, filho. Você bateu com a cabeça na quadra jogando bola, lembra?</div>
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- Eu? Quando?</div>
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- Há dois dias, Bruno. [Respondeu o médico, por baixo da máscara cirúrgica] Desde então você apenas dormiu, até agora.</div>
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A cabeça de Bruno voltou a doer, sentiu o mundo girando. Sua mãe segurava seu pulso. </div>
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- Tudo bem. [continuou o doutor] É uma reação natural de quem sofre algum trauma no crânio. É melhor deixá-lo descansar mais um pouco, dona Íris.</div>
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A mãe acomodou-o no travesseiro. Um sorriso brotou no rosto de Bruno. Agora percebia que estava nu, provavelmente devia ter urinado nas roupas e na cama e foi preciso trocá-lo, mas era uma humilhação que poderia suportar.</div>
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- O que foi, filho? Por que o riso?</div>
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- Nada não mãe, um negócio que sonhei, só isso.</div>
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- Deve ter sido um sonho e tanto. [Disse o médico] Você dormiu por quase dois dias inteiros. Dormindo você se recuperaria mais rápido.</div>
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Bruno viu o médico introduzir uma seringa no frasco de soro que estava conectado ao seu corpo. </div>
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- O que é isto, doutor?! [perguntou o rapaz]</div>
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- Ah. É um negocinho para você dormir mais um pouco. Ainda não está bem, bem. Mais um dia de recuperação e já vai poder voltar até a namorar. [o doutor piscou para Íris, e um sorriso de alívio surgiu no rosto da mãe, em meio às lágrimas incessantes]</div>
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Íris abraçou o filho uma vez mais. Sua testa já não estava febril, o que aliviou ainda mais a mulher. </div>
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- Eu vou ao banheiro lavar os olhos filho. Já, já eu volto.</div>
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Após um beijo no rosto, a mãe de Bruno deixou-o só com o médico. O menino já sentia a sonolência lhe dominar enquanto seus olhos percorriam o quarto de hospital. Um instante mais tarde, seu olhar parou em seus tênis, colocados sobre a roupa dobrada que usava quando foi a escola na última vez, em cima de uma cadeira. Na sola, Bruno notou manchas vermelhas, como se ele houvesse pisoteado em beterrabas cozidas.</div>
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Aflito, mas sem forças, olhou para o doutor, parado aos pés da sua cama, com uma segunda ampola nas mâos. O médico baixou a máscara e sorriu, exibindo seus dentes amarelados e podres, e aproximou-se de Bruno. Através dos óculos, o garoto viu com incredulidade e terror os olhos vesgos cor de violeta. Então falou, abaixando o rosto próximo o bastante para que seu paciente sentisse o hálito putrefato:</div>
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- Bons sonhos, menino. Descanse em paz.</div>
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Depois disto, o mundo de Bruno foi tomado pelas trevas.</div>
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Escrito por: Wagner De La Cruz</div>
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Quer enviar sua creepy? Acesse a sessão Creepypasta dos Fãs e leia!</div>
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Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-10182079726716163102016-11-23T08:12:00.001-03:002016-11-23T08:12:46.928-03:00A Arte de Jacob EmoryHistórias de fantasmas? Não, nós não temos essas coisas por aqui. Mas nós temos a história de Jacob, e isso é o que tem de mais parecido.<br />
<br />
... Você realmente quer saber?... Bem, eu não deveria contar a você, mas tudo bem, só não interrompa. Eu não tenho paciência pra isso.<br />
<br />
Como descrever Jacob Emory... bem, acho que você pode dizer que ele era o tipo de cara que podia facilmente passar despercebido. Não estou querendo dizer que ele era um jovem ruim, de jeito nenhum – muitas pessoas nessa cidade achavam que ele era a pessoa mais confiável para executar pequenos serviços nesse estado – mas ele nunca se destacou em nada. Ele era a prova viva por trás da frase "ajudante de tudo, especialista em nada". Grande parte disso se devia à própria falta de interesse dele. Ele se interessava por praticamente tudo que essa cidade tinha a lhe oferecer: automóveis, operação de rádio, administração de loja, o que fosse, mas nunca se fixava em nada. Seus amigos e colegas de trabalho perguntavam a ele inúmeras vezes o motivo disso, mas todos recebiam a mesma resposta meia-boca: "Não era o suficiente". Não é necessário dizer que ou os amigos dele eram muito pacientes ou nunca tocavam nesse assunto.<br />
<br />
Provavelmente era inevitável, naquela época, que Jacob fosse embora para o exterior. Eu não me lembro pra onde ele foi, mas eu acho que a Gertrude, do fim da rua, sabia antes de falecer – agora você terá que ir atrás de outra pessoa se um dia ficar curioso. De qualquer forma, ninguém tentou impedi-lo. Todos acharam que uma pequena viagem despertaria a ambição nele, ou pelo menos a faria crescer até que não fosse mais um problema. Inferno, nós até fizemos uma festa de bota-fora pra ele, o que eu achei muito legal da parte de todos.<br />
<br />
Mas então, ele ficou fora por... seis, sete anos? Não me lembro. Você vai ter que verificar isso com outra pessoa também. Enfim, ele voltou, e tinha mudado, obviamente bastante. Ele estava amável, cheio de energia, sorrindo o tempo todo, e rapidamente descobrimos por que. Ele nos mostrou um souvenir que trouxe com ele – um bastão preto sólido, do tamanho de um lápis, mas com textura de giz. Todos nos perguntamos por que raios uma coisa tão simples provocaria tanta alegria na vida dele, até que ele nos deu uma demonstração. Ele pegou um pedaço de papel e com o seu bastão – Deus, deve ter uma palavra melhor pra isso – ele... desenhou um círculo simples.<br />
<br />
O círculo caiu e repousou na borda do papel, como uma pedra. Ele não caiu do papel, mas se movia por ele, como se fosse um filme velho projetado em uma tela.<br />
<br />
Filho, eu sei o quanto isso parece loucura, e se você quiser bancar o cético, então pode deixar um velho com suas doideiras. Mas eu sei o que eu vi, mesmo que todos estejam tentando esconder, e aquela pedra que ele desenhou caiu. Jake até passou o papel pra gente, e quando o passávamos de mão em mão, o círculo rolava conforme o papel ficava inclinado. Nenhum de nós tinha palavras pra isso – Inferno, o que poderíamos dizer? – mas ele continuou desenhando uma demonstração depois da outra pra gente, figuras de palitinhos fazendo espetáculos e peças, fazendo tudo, desde lutar umas com as outras até fazer pirâmides "humanas" perfeitas, e todos achamos aquilo incrível. Isso era todo o incentivo de que ele precisava – ele anunciou que planejava fazer shows pra poder pagar o aluguel e comida, onde ele desenharia tudo o que a platéia pedisse. DISSO nós falamos um bom tempo, e ele eventualmente nos convenceu que seria seguro, que seus desenhos seriam éticos, que a prática seria única e lucrativa, e que a atenção não iria além das fronteiras da cidade.<br />
<br />
Pobre Jacob. Se eu não tivesse me deixado levar pelo momento, eu poderia ter visto os sinais bem ali, naquela hora, e salvo o miserável, quebrando aquela coisa terrível no meio. Mas eu era jovem, todos éramos, e não vimos problema em encorajá-lo com o que achamos que era uma experiência a ser dividida com todos. Agora, ele não tinha nenhum rádio ou conexão de TV, saiba disso, e a internet não chegaria antes de uma década. Então ele fez o que todas as pessoas sem grana fazem – ele anunciou o show usando panfletos. Panfletos podem não significar nada pra vocês da cidade grande, mas em uma cidade pequena, eles ganham destaque de tempos em tempos, e melhor ainda, Jacob conseguiu destacá-los desenhando pequenas figuras que pulavam e faziam de tudo pra chamar a atenção das pessoas. Seu primeiro show deve ter atraído cerca de sessenta pessoas, provavelmente muito mais do que isso.<br />
<br />
E seus shows eram fantásticos. Alguém gritava uma cena de uma peça ou algum esquete de comédia e a mão de Jake voava pela parede branca como um pássaro. Ele estava se contendo quando desenhou aquela pedra, com certeza. Suas ilustrações eram sempre exatas, e ele podia desenhar uma figura humana incrível em minutos. Parando pra pensar, eu não me lembro de nenhuma de suas cenas demorar mais do que dez minutos pra ser desenhada. Eram cenários muito bem feitos – não dava só pra ver um cavaleiro invadindo um castelo, Jake desenhava o interior também, como se fosse um bolo de noiva partido ao meio. Então era possível ver o cavaleiro escalando os muros, lutando pelos corredores das masmorras, voltando com a princesa e saltando do parapeito do muro sobre seu cavalo de fuga, tudo em completo silêncio.<br />
<br />
Não era realista, mas isso era parte da graça – nenhum de nós foi até lá esperando algo realista. Quando uma cena estava terminada, ou os personagens saíam de vista pela parede ou ele cobria a parede com tinta branca. Isso era bom, de certa forma – dava aos shows um tempo limite, pois quando ele terminava as quatro paredes da sala, todos sabiam que o show estava terminado até que as paredes secassem.<br />
<br />
Enquanto isso, Jake estava mudando pra pior. Eu mencionei que, quando ele voltou, estava extremamente energético. Bem, essa energia, essa vitalidade ou fervor ou como você quiser chamar, isso nunca foi embora. Nem por um instante. Longe disso, só pareceu aumentar dentro dele, e ele gostava disso. Seus olhos ficavam mais abertos, ele dormia cada vez menos, suas afirmações e opiniões ficavam mais radicais e delirantes, e apesar de nunca ter sido uma companhia fácil, ele estava começando a deixar as pessoas irritadas com sua presença.<br />
<br />
Um ou dois meses se passaram e a platéia de Jake cresceu como um incêndio. Praticamente todos da cidade pagavam pra ver a arte do Jake em ação, e ele tinha que alugar lugares cada vez maiores pra acomodar todos. Ele agora não parava depois que uma cena estava completa – ele passava direto pra próxima, indo para o próximo espaço em branco na parede, às vezes causando o intrigante efeito de misturar as cenas, o que a platéia adorava. Os temas ficaram mais selvagens e imorais, os monstros ficando mais bizarros e criativos, os lutadores usando armamentos impossíveis, tudo para agradar à platéia. Jake ficou mais indulgente, o que achamos ser consequência do dinheiro, e se tornou alcoólatra e mulherengo (aliás, nenhuma dessas duas coisas conseguiu diminuir sua vitalidade). Algumas dessas mulheres diziam que acordavam no meio da noite e o encontravam rabiscando com aquele bastão em um bloco de desenho, com um sorriso gigante e sinistro no rosto. E enquanto a maioria achava que ele estava simplesmente as desenhando nuas, há rumores de que uma ou duas mulheres conseguiram dar uma olhada nesse bloco de desenhos. Essas poucas anônimas supostamente disseram que aqueles desenhos não são, de jeito nenhum, desenhos de nudez, mas nenhuma delas, sejam que forem, disseram o que viram. E não se incomode em procurar pelo bloco ou pelos panfletos, eles já eram. Mas eu estou me desviando do assunto. O ponto é que ele estava enchendo a cara, e isso é importante, porque é essa bebedeira que iria arruinar tudo.<br />
<br />
Na noite de uma de suas apresentações, quando ele ficou de frente com a platéia aplaudindo, ficou imediatamente visível a todos que ele estava completamente bêbado. Eu estava na fileira da frente e podia sentir o cheiro de whiskey a três metros de distância. O show começou, ele desenhou um monte de cenas que a platéia recomendou, quando no final alguém pediu que ele desenhasse a si mesmo. Todos aplaudiram a idéia, acho que eles estavam imaginando o que suas criaturas pensariam dele, e ele eventualmente obedeceu.<br />
<br />
No momento exato em que Jake uniu as últimas linhas de seu casaco, cada um dos outros personagens, espalhados pelas vastas paredes, pararam e olharam para aquela ilustração. Namorados pararam com os beijos, palhaços pararam de rir, robôs pararam de lutar contra piratas, tudo parou e olhou para a ilustração de Jacob. A platéia silenciou quase que instantaneamente – eu me lembro da cara do Jake naquele momento, pálida, refletindo a terrível compreensão de seu erro, e procurando desesperadamente pela tinta branca que ele esqueceu de preparar antes do show. Todo o resto? Estavam olhando para o Jake falso.<br />
<br />
Aquele Jacob enfiou a mão no bolso da jaqueta e tirou seu próprio bastão preto, e diante de todos que assistiam, desenhou uma porta. Ele empurrou de seu lado e a porta se abriu, permitindo que ele atravessasse a porta para o piso do auditório.<br />
<br />
O resto foi um absoluto e infernal pandemônio. Pessoas gritavam e corriam para as saídas enquanto os personagens do Jacob, tanto os desenhados nas paredes quanto aquele que tinham sido apagados com tinta, saíam por sua própria porta, jogando tortas, atirando lasers, soprando fogo e veneno e tudo mais. Eu estava perto de uma saída de emergência e dei apenas uma olhada pra trás. Essa cena vai me assombrar para sempre.<br />
<br />
Jacob Emory estava sendo arrastado por suas criações pela porta que sua cópia havia desenhado.<br />
<br />
O auditório se incendiou, mas eu não faço idéia de quantos personagens escaparam, o que aconteceu ao falso Emory ou quantas pessoas morreram. O incêndio atraiu os bombeiros das cidades mais próximas em um raio de cem milhas – eles trouxeram a polícia, que trouxe o governo, que abafou tudo. Eles levaram os panfletos e qualquer arte feita por Jake, e fizeram todos jurar segredo, sob pena de prisão perpétua. Puseram a culpa do incêndio em um cigarro numa lata de lixo durante um jogo de basquete, e todos nós eventualmente seguimos com nossas vidas. Era como se Jake nunca tivesse existido.<br />
<br />
Olhando pra trás, eu entendi tudo. Jacob não estava criando ilustrações. Ilustrações não se movem, muito menos atacam – são só imagens que as pessoas vêem, sombras feitas pra se parecerem com coisas reais. Jacob esteve criando vida – coisas conscientes, de verdade, em alguma dimensão alternativa, usando um poder que nunca foi feito pra cair em mãos humanas. Ele se embriagou com esse poder. Sua punição provavelmente foi merecida.<br />
<br />
Acidentalmente, o governo fez merda em duas ocasiões diferentes. Eles fizeram um belo de um trabalho silenciando todo mundo, mas restaram provas. As ruínas ainda estão lá, sabe. As ruínas do auditório. Eu ouvi que eles vão começar a reconstrução em breve, o que irá apagar qualquer evidência que alguém poderia encontrar. Mas eu voltei lá uma vez, muitos anos depois do incêndio – só uma vez. No meio dos escombros, coberto de cinzas, eu vi algo se contorcendo. Olhei mais de perto. Era a mão de Jacob Emory na parede. Exatamente como era há três anos (suadas e calejadas, eu me lembro), mas estava constantemente se agitando, como se o corpo ao qual ela deveria estar presa ainda estivesse se contorcendo nas chamas.<br />
<br />
Esse foi o primeiro erro. O segundo foram aquelas criações.<br />
<br />
Como eu disse, eu não sei quantos escaparam, nem quantos os agentes do governo capturaram, mas eu só digo isso – Aqueles campos com grama alta na periferia da cidade? Não vá até lá. Nunca. Você estava querendo saber sobre essas criaturas brancas que você vê à noite certo?<br />
<br />
Essa cidade não tem histórias de fantasmas.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Traduzido de: http://www.creepypasta.com/the-art-of-jacob-emory/</div>
<div>
Tradução: Paulo Guimarães.</div>
Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-81615883009806750732016-11-21T22:05:00.000-03:002016-11-25T23:44:32.311-03:00Stress<h2>
<span style="font-size: x-large;">Estresse</span></h2>
Substantivo 1. Importancia interligada a algo.<br />
<br />
2. Ênfase na intensidade de uma sílaba ou palavra por conta do resultado de um esforço especial em sua pronúncia.<br />
<br />
3. Tom ou ênfase nas sílabas em um padrão métrico.<br />
<br />
4. Ênfase em melodia, ou ritmo.<br />
<br />
5. A pressão, atração, ou força física exercida em uma coisa por outra; tensão.<br />
<h2>
<span style="font-size: x-large;">Estatísticas</span></h2>
Em 2011, aproximadamente 1.6 milhões de pessoas disseram sofrer de estresse por causa de seus trabalhos, mais do que 1.3 milhões de pessoas em 2009/10.<br />
<br />
85% das adolescentes dizem sofrer de estresse por culpa de problemas econômicos (versus 75% de adolescentes do sexo masculino).<br />
<h2>
<span style="font-size: x-large;">Teoria</span></h2>
<div>
A lei da conservação de energia supõe que a mesma não pode ser criada e nem destruída.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Energias podem mudar de formas e estado dentro do sistema.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Todas as energias devem ter uma fonte única.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Seres humanos, plantas, e animais eventualmente exalam seus estresses em algo, liberando a energia de dentro.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
E se toda essa energia se manifesta-se em um único lugar?<br />
<br />
Poderia então todo o estresse, vindo de múltiplos países, de todo o mundo em geral, ser dispensado em um único lugar? Em uma fonte?<br />
<br />
Esse estresse poderia se manifestar em uma poderosa forma de energia.<br />
<br />
Essa forma depende do nível de poder e energia captadas da manifestação do estresse.<br />
<br />
Se a manifestação adquirisse energia suficiente para poder manipular seus arredores, o quão poderosa poderia ser?<br />
<br />
Grande parte da energia liberada pelo estresse não é positiva. Se toda essa energia negativa tivesse o poder para manipular o seu ambiente, quais seriam as consequências?<br />
<br />
Essa é a teoria do estresse. Elaborada após concluir-se que se energia suficiente é dispensada dentro de algo com um certo número de fontes, a energia poderá se manifestar e desenvolver características e comportamentos que as fontes citam.<br />
<br />
Um excelente exemplo da energia em prática é o Hotel Conneaut. Existem casos de aparições como por exemplo uma noiva, um pequeno garoto e seu triciclo, e um malévolo açougueiro. Quando uma pesquisa foi realizada na história do hotel, quaisquer registros de mortes no hotel não foram encontrados, nem de açougueiros violentos, noivas ou garotinhos.<br />
<br />
As fontes dessas energias na verdade não provinham de almas perdidas, mas de energia manifestada. A lenda sobre esses fantasmas lendários foi espalhado pelo hotel inteiro para tantos hóspedes que eventualmente a energia se manifestou e se desenvolveu nessas lendas.<br />
<br />
Mas esse é um raro caso, pois somente se ocorre o evento quando uma quantidade potente de energia provida de diferentes fontes é direcionado em uma teoria ou ideia. Então se toda a negatividade e dor </div>
providos do estresse fossem se manifestar, como e qual seria o resultado?<br />
<br />
O resultado seria um ser, possuíndo mais poder do que qualquer coisa neste planeta. Esta existência iria provavelmente se manifestar como uma energia sem formato. Apesar de não ter forma e visibilidade, esta energia seria capaz de destruir qualquer coisa que fosse tocada.<br />
<br />
O estresse geralmente conduz a pessoa a um estado destrutivo, aonde elas necessitam quebrar o que estiver em frente ou desperdiçá-la em algo. Esta raiva e energia desenvolvida podem levar a comportamentos extremamente perigosos e destrutivos sobre o que for que cruzar o caminho do ser.<br />
<br />
O estresse, contudo, também pode trazer o estado de depressão. Isto causaria o ser a ter raiva e depressão incontroláveis, o que significa que seria suicida também. Devido ao fato de que este ser não pode morrer, já que ele não é nada além de pura energia, ele se tornaria o mais destrutivo possível, destruindo tudo o que puder.<br />
<br />
Com isso, eu achei uma maneira de direcionar a energia do estresse na idéia deste ser. Você é apenas mais um dos milhares de pessoas que leram isto. Esta existência já está se manifestando. Ele começou a se erguer do nada.<br />
<br />
Assim que ele existir, nada irá impedi-lo. Você não o enxerga, nem o toca, nem o sente, Você pode apenas alimentá-lo. Ele se alimenta de raiva, medo, depressão, tristeza e felicidade, enquanto ele se delicia da destruição. Não há como fazer este ser passar por fome. E ele irá trazer o fim do mundo--talvez do universo para nós.<br />
<h2>
<span style="font-size: x-large;">Estresse</span></h2>
Substantivo 1. Importancia interligada a algo.<br />
<br />
2. Ênfase na intensidade de uma sílaba ou palavra por conta do resultado de um esforço especial em sua pronúncia.<br />
<a href="http://vignette1.wikia.nocookie.net/creepypasta/images/7/71/Brain460.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/180?cb=20120520192922" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="Brain460" border="0" src="http://vignette1.wikia.nocookie.net/creepypasta/images/7/71/Brain460.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/180?cb=20120520192922" /></a><br />
3. Tom ou ênfase nas sílabas em um padrão métrico.<br />
<br />
4. Ênfase em melodia, ou ritmo.<br />
<br />
5. A pressão, atração, ou força física exercida em uma coisa por outra; tensão.<br />
<br />
<b>Créditos: </b><a href="http://creepypasta.wikia.com/wiki/Stress">http://creepypasta.wikia.com/wiki/Stress</a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/07471914324671955455noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-30324273618939197222016-10-30T15:30:00.000-03:002016-10-31T03:32:48.356-03:00Harmonia Corporal<div>
Certo dia acordei com o suor descendo pelo meu rosto e ensopando minha camisa. Me sentei na cama dura como pedra pensando em como minha cama havia endurecido em algumas horas. Esperei meus olhos se acostumarem ao breu do quarto e logo o que eu desconfiava se confirmou.</div>
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<br /></div>
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Não era meu quarto.</div>
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<br /></div>
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Me levantei e logo que meus pés descalços tocaram o chão senti o áspero piso de cimento, tomado por poeira e sujeira. Levantei os pés rapidamente e procurei por um chinelo, brigando com a escuridão.</div>
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<br /></div>
<div>
Me levantei e procurei por um interruptor, mas em vão. Apesar de já estar enxergando alguns contornos, ainda estava muito escuro e aquele quarto era completamente novo pra mim, eu nunca havia estado nele.</div>
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<br /></div>
<div>
Tentei abrir a porta e descobri que estava trancada, logo comecei a ficar realmente assustado, com o coração na boca. Pensei em gritar pela minha mãe ou pelo meu pai, mas antes mesmo de gritar por ajuda eu já sabia que eles não iriam me escutar, não ali.</div>
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<br /></div>
<div>
Sentei no chão, já não me importando com a sujeira e comecei a chorar, chorar como um bebê, tinha o direito disso, afinal, ainda não havia completado nem 14 anos.</div>
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<br /></div>
<div>
Mas, na verdade, o pânico de verdade ainda não havia batido, mas não tardou. Bateu quando eu estava ainda sentado chorando como uma garotinha, bateu quando eu passei a mão pelo rosto para secar o olho e senti a pele um pouco mais áspera, quando passei a mão pela cabeça e não senti meus cabelos ondulados, senti apenas um cabelo rente a cabeça e quase tão áspero quanto o chão. Abafei um grito. Eu era outra pessoa, ou melhor, estava no corpo de outra pessoa.</div>
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<br /></div>
<div>
Isso já havia acontecido comigo algumas vezes, mas eram apenas flashes rápidos e incompreensíveis, nunca era nada como o que eu estava vivendo. Algumas pessoas acreditam que isso é um dom espírita, mas eu não acredito muito nessas coisas.</div>
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<br /></div>
<div>
Me levantei e respirei fundo, tentando não entrar em pânico. Encontrei alguma coisa pontuda no chão, um pedaço de arame, imaginei, e sabe-se lá como consegui abrir a porta.</div>
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<br /></div>
<div>
A claridade do outro cômodo me cegou por um momento, mas logo percebi que alguma coisa estava errada, eu não estava no meu tempo, no meu ano, talvez nem no meu século. Eu estava em uma casa antiga, parecia largada haviam anos, estava tudo empoeirado e o chão já havia ganhado uma segunda camada, esta de poeira.</div>
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<br /></div>
<div>
Fui até um espelho enorme que estendia-se até o teto, sobrepondo-se a uma mesa com algumas fotografias de uma jovem branca com um filho de colo, depois essa mesma jovem pra lá dos quarenta anos com um rapaz negro e alto e no final da mesa apenas ela sentada em uma cadeira alta e com uma expressão extremamente triste no rosto. Mas o que chamou a minha atenção foi o meu reflexo escuro no espelho após eu jogar a poeira pro lado com a mão.</div>
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<br /></div>
<div>
Eu era um garoto negro, com cicatrizes em toda a extensão do rosto, olhos inflamados (que só começaram a coçar depois que fiquei sabendo que estavam inflamados, incrível como é nosso cérebro), e uma orelha faltava um respeitável pedaço.</div>
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<br /></div>
<div>
Mas não me demorei muito naquele reflexo, meus olhos foram parar na mesa, atrás das fotografias empoeiradas, em um diário de couro gasto e com um pedaço de papel pardo saindo pra fora. Abri o livro e percebi que o papel pardo era uma notícia recortada de um jornal antigo. Li rapidamente o título e o primeiro parágrafo da notícia:</div>
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"Negro é preso após assassinato de recém nascido"</div>
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"Brad Rockerty, 26, foi preso após confessar assassinato de Dollis Crossaint, 2 meses de idade, e tentativa de assassinato de Bella Crossaint, 22 an..." O restante do jornal estava rasgado.</div>
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Voltei minha atenção para o diário, onde frases desconexas foram escritas em letras rabiscadas:</div>
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"Encontrrrei B"</div>
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"D bem dorme muito"</div>
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"b está apanhando como um porco q é"</div>
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"b n vai cresser d nv n vai b criança"</div>
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"pretos morrem assaçinos"</div>
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"d está uma grassinha q amor"</div>
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Fechei o diário com repulsa, achando aquilo doentio.</div>
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Olhei ao redor da casa e percebi que havia uma porta que dava para a cozinha. Andei cautelosamente até lá e logo ao entrar senti o cheiro de podridão vindo de panelas há muito não utilizadas e nem lavadas, havia restos de comida pela mesa e pela pia. Me virei rapidamente para sair da cozinha, mas parei com um barulho que me causou arrepios, era um barulho rouco, próximo de choro e vinha de trás da porta do outro lado da cozinha. Abri a porta e ela rangeu em protesto, fui engolido pela escuridão e o cheiro de mofo.</div>
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<br /></div>
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Fui até a sala e peguei um lampião a gás que me lembrava de ter visto um tempo atrás. Voltei até a cozinha e percebi que o caminho que se estendia pela porta era uma escada longa e funda. Desci com cuidado e me dei parado de frente a uma porta de ferro, era dali que o som havia saído minutos atrás, havia alguém ali.</div>
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Se eu estivesse com a cabeça no lugar, teria percebido que a porta estava trancada por fora, mas não prestei atenção nisso, apenas abri a corrente e entrei. Passei direto pela porta e levantei o lampião e com o canto do olho vi uma cadeira de balanço com uma senhora. Me aproximei cautelosamente.</div>
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"Ola?! Senhora Crossaint?"</div>
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A senhora se balançou num esgar que pretendia ser um riso, que na verdade se transformou numa tosse carregada.</div>
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"Olha minha quer...rrida. Parece que o senhor Br...Brad veio nos visitar".</div>
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Ela olhou pra cima e deu um sorriso, expondo dentes podres e escassos. O riso se transformou numa gargalhada e logo depois em um acesso de tosse.</div>
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<br /></div>
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"Como ousa sair do seu quar...quarto seu preto imundo?" ela gritou "olha o que você fez com a pequena Do...Dollis!"</div>
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<br /></div>
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Foi tudo muito rápido, me lembro de ter caído no chão e batido a cabeça, mas antes de desmaiar me lembro daquela visão terrível. A velha senhora Crossaint levantou o que um dia foi sua filha, agora já em estado de decomposição completo e restando praticamente apenas os ossos. Depois disso apaguei. </div>
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<br /></div>
<div>
Acordei um tempo depois com uma dor insuportável concentrada na parte de trás da cabeça. Mas quando acordei eu não era aquele pobre menino que havia sido pego por uma mulher que há muito já havia perdido a sanidade e o feito de Brad Brackart apenas por ser negro, eu não estava naquela casa assustadora, eu era apenas Daniel Alphonse, um garoto de 13 anos. O que sempre me passa na cabeça é se aquilo foi real ou apenas um sonho.</div>
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<br /></div>
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Apesar dos anos passados, eu nunca procurei saber se em algum lugar do mundo alguma Bella Crossaint existiu. Depois daquele dia, não tive mais sonhos em que eu me encontrava no corpo de outra pessoa e agradeço por isso.</div>
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Talvez eu jamais deva saber se aquilo realmente aconteceu, a linha entre a sanidade e a loucura é bem tênue e eu não quero coloca-la à prova.</div>
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Créditos a marvolors (Matheus Lavinas) por esta incrivel historia.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/07471914324671955455noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-90893331854955097632016-10-07T10:00:00.000-03:002016-10-07T10:00:02.543-03:00Serial Killers: Pedrinho, o matador.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-wcpmrCP5XK8/UULnPi8FwLI/AAAAAAAA40o/dRro0dH9BWs/s1600/FRASE+PEDRINHO+MATADOR.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="158" src="https://2.bp.blogspot.com/-wcpmrCP5XK8/UULnPi8FwLI/AAAAAAAA40o/dRro0dH9BWs/s400/FRASE+PEDRINHO+MATADOR.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Pedrinho “Matador” começou a vida com o pé esquerdo. O pequeno garoto nasceu com problemas no crânio por ter sido agredido pelo pai ainda na barriga da mãe. Cresceu assistindo cenas tão ou mais violentas que os mais sórdidos filmes de suspense, até que aos 14 anos de idade cometeu seu primeiro crime: matou o vice-prefeito da cidade onde morava. O motivo? O cara havia demitido seu pai, um guarda da escola municipal, acusado de surrupiar a merenda da molecada. Pouco tempo depois Pedrinho deu cabo à vida de outro guarda, que acreditava ser o verdadeiro ladrão da história.<br />
<br />
Antes de completar 18 anos, o moleque já havia conquistado a mulher do dono de uma boca de fumo e assassinado uma penca de traficantes. Virou o pica da parada.<br />
<br />
Mas sua amada acabou executada por policiais. Arranjou um outro amor, Aparecida, que mais tarde também acabou morta, dessa vez por traficantes rivais. O justiceiro foi fundo na vingança, torturando e matando mais um monte de gente que ele acreditava ter culpa por sua tragédia familiar. No fim da jornada, adentrou o casamento do suposto mandante do assassinato de sua mulher e deixou ali mais 8 vítimas fatais e vários feridos.<br />
<br />
Acabou preso logo depois. Passou toda a vida adulta na prisão e lá empilhou mais uma quantidade enorme de novas vítimas. Entre elas o seu pai, de quem arrancou um pedaço do coração com a faca, mastigou e cuspiu fora. O castigo veio porque o velho esfaqueou a mãe do Pedrinho, que nunca deixou nada barato.<br />
<br />
Ele possui uma tatuagem no braço esquerdo, que está escrito: Mato por prazer.<br />
<br />
Assassinou dois companheiros de cela, um porque segundo ele "roncava demais", e outro porque não ia com a cara dele, segundo ele.<br />
<br />
Ele se alto-denomina "justiceiro", pois segundo ele só mata quem merece.<br />
Jurou de morte o "Maníaco do Parque", serial killer de São Paulo, assim, ganhando notoriedade no país.<br />
<br />
Com mais de 100 assassinatos nas costas, Pedrinho é considerado o maior homicida brasileiro.<br />
<br />
Vocês decidem.<br />
<br />
<br />Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-70861789866299235102016-10-06T20:32:00.000-03:002016-10-06T20:32:07.024-03:00Manual do Espelho<a href="http://vignette3.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/f/fe/Broken-mirror.jpg/revision/latest?cb=20140518183442&path-prefix=pt-br" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Broken-mirror.jpg" border="0" class="" data-image-key="Broken-mirror.jpg" data-image-name="Broken-mirror.jpg" height="400" src="http://vignette3.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/f/fe/Broken-mirror.jpg/revision/latest?cb=20140518183442&path-prefix=pt-br" width="265" /></a>Eu havia me mudado para o pequeno apartamento da minha irmã, ela infelizmente foi presa por agredir um policial e como não tinha ninguém para ficar lá, cá estou, arrumando as coisas. Bem, não mudei muito coisa, já que ela era bastante organizada. Comecei então a bisbilhotar suas coisas pessoais. O notebook dela estava cheio de vídeos pornô baixados, algumas fotos de uma viagem curta e receitas de macarrão, porém nada de íntimo.<br />
<br />
Depois de calmamente ter levado o note para o banheiro, resolvi ver se ela tinha algo escrito em seu caderno, pois eu adorava dedurar pra minha mãe os ficantes dela. Abri a bolsa da escola, livros pichados, caderno com anotações, nada de mais, até que encontrei um pequeno diário dentro dela. Ah, se eu peguei. Comecei a folear, entretanto, nada achei se não alguns manuais esquisitos. Parei de pular as páginas e decidi ler.<br />
<br />
<b><br /></b>
<b>Como deve-se agir na frente do espelho.</b><br />
<br />
1. Se o lugar ou ambiente tiver um espelho, mesmo que insignificante, passe direto por ele.<br />
2. Se seu rosto estiver ferido ou sujo, você tem direito a olhar por 5 segundos.<br />
3. Caso passar da marca de cinco segundos, aguente as consequências de seu ato.<br />
4. Em hipótese alguma olhe nos olhos de seu reflexo.<br />
5. Em hipótese alguma sorria para o espelho.<br />
6. Você não pode quebrar um espelho, mesmo que este o atormente.<br />
<br />
Fiquei meio grilado com isso, porém não achei que aquilo era sério.<br />
<br />
Um dia, numa partida de futebol, tive um leve corte no queixo, voltei para casa para tratar o ferimento que sangrava um pouco, o único espelho que tinha naquele lugar era no banheiro, acima da pia. Cheguei lá, abri a torneira para me limpar da sujeira. Não sei o porquê daquele lugar ser tão frio, comecei a me observar , era um pequeno filete carmesim que caía, coloquei minha mão debaixo da água e passei no corte, enquanto realizava o ato, notei meus olhos brilharem no reflexo, eram um brilho tão ... maravilhoso, que me dá dava vontade de tocá-lo o dia todo, porém, apressado que sou, deixei o banheiro. Passei mais de 5 segundos.<br />
<br />
O meu dia foi bem, almocei tarde, a comida era abundante e por isso acabei por me sujar todo. Impaciente, fui até a pia da cozinha, abri a torneira, porém a água não desceu, comecei a abrir mais, contudo nada de água sair, eu tinha pressa, já que teria prova, deduzi que o cano poderia estar entupido, então fui em direção ao banheiro. Estava tudo normal, a não ser um pouco de lodo estar nas extremidades do espelho, achei que por desleixo meu, não tinha percebido a sujeira e resolvi depois limpar. Cerifiquei-me que saía água e dessa vez, funcionou perfeitamente, primeiro lavei as mãos, sem precisar olhar aquele espelho, só que minha boca deveria estar toda engordurada - maldita receita de macarrão - e tive que observar, usei o sabonete, depois o líquido, apenas conferindo o meu trabalho em meu reflexo. Abri a boca, meus dentes estavam completamente sujos, com macarrão grudado até na gengiva, comecei a escová-los constantemente, até que pôs água na boca, gargarejei e cuspi no ralo da pia.<br />
<br />
Por fim, dei um sorriso para averiguar a situação, ninguém pode descrever o que senti.<br />
<br />
O sorriso estava um pouco mais espaçado do que eu realmente exercia, afinal, havia algo de errado nesse espelho, a única coisa que comecei a pensar era como aquilo era pequeno e nada atraente, forcei os cantos da boca, para sorrir ainda mais, enquanto minhas bochechas eram contraídas em relevos de minha pele, estava admirado, mas era como se, ao mesmo tempo, estivesse em um transe macabro. Eu nem sequer me reconhecia diante daquele reflexo.<br />
<br />
Dei um tapa na minha cabeça e resolvi sair dali, era ridículo aquilo!<br />
<br />
Após a prova, meu amigo Renan chamou-me a sua casa, aceitei, o mesmo perguntou se eu estaria doente, pois minha pele estava um pouco esbranquiçada, falei que era gripe, mas que mesmo assim, estaria disposto a ir.<br />
<br />
Sua casa era um pouco pequena, porém o que mais me chamou atenção era uma pequena parede espelhada no corredor, eu precisava passar por ela para ir em direção ao quarto de Renan (ele queria jogar GTA IV comigo) . Ele foi na frente, fiquei um pouco temeroso, não sei o porquê, mas me sentia intimidado em passar. Renan chegou ao seu quarto e ficou me perguntando porque eu não passava.<br />
<br />
Respondi que não estava meio bem, porém, o rapaz rapidamente veio em minha direção e começou a me puxar pelo pulso e em resposta, tentava soltar-me, ele me trouxe em frente ao espelho, entrei em pânico e comecei a me debater, só que minha visão foi ao reflexo, o de Renan estava normal, porém o meu estava um pouco escuro e tudo que podia ver de meu rosto eram meus olhos marcados por um contorno negro, o rosto me fitava igualmente, os olhos eram muito aterrorizantes, até que vi na sua boca um sorriso nervoso. Soltei um grito alto demais, Renan me soltou, caindo no chão atordoado, saí de lá, em pressa, voltei para o apartamento em pânico e tranquei a porta, já começara a anoitecer e tudo que fazia era tremer. Respirei fundo, fiquei ditando que era apenas coisa da minha cabeça e que não havia nada de anormal.<br />
<br />
Passei sete dias ignorando o meu banheiro. Parece estranho? Se é. Como a única pia que funcionava era a do banheiro, comecei a comprar marmitas, cujo os talheres eram de plástico e mandava minha roupa pra lavandaria, fezes e urina? Apenas fazia no banheiro da minha escola (antes, eu nem passava por lá), dou graças a Deus que duas semanas atrás, tiraram o espelho de lá, pois o quebraram.<br />
<br />
Voltei pra casa, senti meu cheiro, era degradante, tinha de tomar banho, relutante, fui. Peguei a toalha e embarquei no banheiro, de olhos fechados. Abri a torneira e deixei a água descer, enquanto me ensaboava. Apos o longo banho, cobri-me com a toalha e fui abrir a porta, só que no entanto, ela emperrou, desesperado, comecei a forçar a maçaneta, porém, nada adiantava, não olharia para aquela merda de espelho, continuei o trabalho, mesmo molhando o chão. Então decidi arrombá-la, quando usei o impulso da minha perna, escorreguei e a ultima coisa que vi foi um reflexo cair tortamente, com uma triste e melancólica expressão.<br />
<br />
Acordei um pouco depois, senti um leve galo na cabeça, quando olhei de relance aquele maldito espelho, observei que o lado estava ainda mais alastrado, porém, em nenhum lugar em cima daquele espelho. Virei meu rosto, estava tonto devido a queda, só que dessa vez a porta abriu.<br />
<br />
O que passou nas horas da noite foi uma forte febre que me abatera. Fiquei na sala, enroscado no lençol pois queria muito dormir, comecei a ouvir ruídos no banheiro, eram como passos, senti uma súbita friagem nos pés, eu evitei olhar em direção aquele cômodo, depois comecei a ouvir objetos se quebrando. E assim terminou minha noite.<br />
<br />
Comecei a evitar qualquer coisa com reflexo, nem ao menos olhava nos olhos das pessoas, temendo o que veria lá, estava paranoico e beirando para sanidade. Por fim, decidi acabar com meu sofrimento, primeiro olhei o diário da minha irmã, e tudo que vi lá eram as descrições do reflexo dela a perseguindo de maneira horrorosa.<br />
<br />
Agarrei o enorme martelo que havia na pia da cozinha e resolvi enfrentar o demônio. Prossegui apavorado, com martelo apoiado no ombro, abri lentamente a porta do banheiro. Ele estava intocado. Intocado? Que merda foi aquela que ouvi então?<br />
<br />
Observei aquele espelho por uma ultima vez, o reflexo estava me intimidando, mordendo os lábios e me encarando friamente, ergui o martelo, nada fez a não ser me observar, e com toda a força que possuo, destrocei, caco por caco, enquanto observei-o cair da parede e ir de encontro no chão, dei um sorriso de vitória.<br />
<br />
E escutei. Risadas e mais risadas e quando fixei o olhar para o chão cheio dos cacos, havia vários reflexos de mim, todos rindo frenéticos, como se tivessem um demônio dentro deles ou se eles fossem os próprios demônios, comecei a esmagar os cacos, mais e mais e as risadas prosseguiram e aumentaram...<br />
<br />
E agora estou nessa cadeia, por vontade própria, sabe, aqui não tem espelhos e nem tenho companhia para ver nos olhos dos outros, o problema é que aqui faz muito calor, acho que é porque as paredes são acolchoadas demais.<br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;">/</span><br />
<span style="font-size: xx-small;">(Criado por CherryBell)</span>Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-24090625419101141392016-09-27T10:34:00.003-03:002016-09-27T10:34:46.845-03:00Corte a CordaMuitos especulam que o plano em que vivemos não é o único plano que existe.<br /><br />Aqueles que dizem isso geralmente falam que esses outros planos de existência são reinos de mistério e maravilha. A verdade é que realmente há um segundo plano, mas não é preenchido com as imagens de euforia que a maioria das pessoas dizem. No entanto, não está dominada por horrores, pelo contrário, é uma simulação perfeita do nosso mundo. Não há nenhuma diferença. Tudo o que existe em nosso plano também existe no segundo plano. Até mesmo uma cópia de você existe nesse segundo plano. Na verdade, essas "cópias" de nós mesmos, esses clones extra-dimensionais, estão ligados a nós. Qualquer ação que tomamos, eles tomam igualmente, e vice-versa. Isso significa que em outro plano, a cópia de você está lendo isso agora.<br /><br />Mas neste segundo plano existe apenas uma diferença. Deus existe lá, embora alguns podem chamá-lo de diabo, e ele sempre vigiando os espelhos dos quais que estão o nosso reino. Este Deus não tem espelho. Ele reside apenas no segundo plano. Nossas "cópias" não podem vê-lo também por razões desconhecidas. Mas ele pode vê-los. Ele sabe o que eles estão fazendo. Portanto, ele sabe o que você está fazendo. Há apenas uma maneira de escapar desta observação constante, mas pode custar um preço terrível.<br /><br />Fique diante de um espelho. Você vê o seu reflexo? Esta é a sua cópia. Olhe-a nos olhos com toda a sua força, e lembre-se, o que você vê não é você, mas sim, uma simulação perfeita sua. Assim que você finalmente colocar isso no seu subconsciente, desligue as luzes. Espere por um tempo, cerca de dois minutos. Em seguida , olhe de volta. Seu reflexo terá sumido. Você acabou de cortar a ligação entre você e a sua cópia. Você não pode mais vê-la, mas ela ainda existe. Agora, no entanto, você estará livre para fazer o que quiser, sem a sua cópia espelhando os seus movimentos e sem "Deus" saber o que você está fazendo. Você poderia matar milhares de pessoas e andar pelo mundo sem medo de represálias.<br /><br />No entanto, não é recomendável que você faça isso. Quando você corta o vínculo, a mesma decadência que criou a ligação vai comer lentamente os restos de um lado da "corda". Sua alma lentamente vai ser devorada, se deteriorando em uma forma mais pálida e doente. Você vai feder e seus movimentos vão se tornar fracos e medíocres. À medida que se aproxima a fase final desta doença, você se tornará apenas uma sombra de si mesmo. Você vai se torna um fantasma, amaldiçoado a vagar eternamente no que lhe sobrou de sua existência, uma alma despedaçada e perdida. No entanto, se você não for afetado por esta doença, mas sim sua cópia, você vai andar livre. Você vai andar sem julgamento. Você vai ser um Deus entre os homens. Mas tome cuidado, pois se isso devorar o seu lado do cabo, você vai sentir os seus efeitos.<br /><br />Confie em mim. Eu sei.<div>
<br /></div>
<div>
<span style="font-size: xx-small;">Créditos: Lua Pálida. </span></div>
Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-31176860157490971712016-09-23T10:12:00.002-03:002016-09-23T10:12:48.851-03:00BLOG PARADO? DE NOVO? Bom dia, boa tarde/noite.<div>
Estou aqui para comunicar que não parei com o blog.</div>
<div>
Eu estava de viagem para a Itália, na Europa, e fui curtir a viagem e acabei não postando no blog. Mas relaxem, que o blog não vai parar novamente.</div>
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A noite tem post novo.</div>
Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-87656188358700358182016-09-16T20:53:00.002-03:002016-09-16T20:53:59.586-03:0033º aniversário.<a href="http://vignette2.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/9/99/014780982-EX00.jpg/revision/latest?cb=20140127145400&path-prefix=pt-br" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img src="http://vignette2.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/9/99/014780982-EX00.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/400?cb=20140127145400&path-prefix=pt-br" /></a><br />
No seu 33º aniversário, vá até o posto de gasolina local e pegue o jornal. Nos classificados terá um pequeno lembrete que comemora seu nascimento e dizendo para você virar pra trás. Ao olhar pra trás, um homem vestido com um manto negro estará indo em sua direção.<br /><br />Se optar por fugir, ele vai caçá-lo para o resto de sua vida, e quando encontrar você, vai te matar da forma mais horrível possível.<br /><br />No entanto, se você esperar a sua chegada e não fugir, ele vai te dar um pequeno pacote.<br /><br />Dentro desse pacote, você vai encontrar o objeto que mais deseja na vida.<br /><br /><br />Créditos: <a href="http://thecreepypasta.blogspot.com.br/">Morte Súbita</a>Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-52828732359523676402016-09-14T08:00:00.000-03:002016-09-14T12:10:09.337-03:00Escute o Relógio<a href="http://vignette1.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/b/bd/389008_456974627722450_2100676500_n.jpg/revision/latest?cb=20131210224124&path-prefix=pt-br" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img src="http://vignette1.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/b/bd/389008_456974627722450_2100676500_n.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/368?cb=20131210224124&path-prefix=pt-br" /></a><br />
Se quiser perder todo o rastro da realidade e destruir sua sanidade por completo, simplesmente deve escutar o relógio.<br />
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Contudo, permita-me dizer, isto não será fácil. Não é algo com o que você deva brincar. É somente uma forma simples de perder cada rastro de sua mente, lá dentro dos confins... Do seu lugar. Para conseguir, tem que seguir algumas regras...<br />
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A primeira deve ser, você estar em um quarto sem janela nenhuma. Pode ser um quarto qualquer, só não deve ter janelas. A segunda é que, pode começar a qualquer hora do dia, inclusive se decidir começar à noite. Este processo durará 24 horas para ser completo. Terceira, cancele qualquer compromisso que tenha no dia e desligue o telefone. Você não pode ter nenhuma distração. Quatro, esteja seguro que seja um dia tranquilo, sem ventos ou trovões. Por último, para terminar isso, deve colocar no quarto escolhido, um relógio. Esse relógio deve ter um distinto “tic-tac” em cada segundo que vá passando e, como única iluminação do lugar, uma vela. Uma vez que tenha tudo o que é requisitado, quero que faça uma pergunta a si mesmo , e responda com toda a sinceridade: “Quero realmente fazer isso?” Se a resposta for afirmativa, então espero que Deus, Lúcifer ou qualquer que seja sua crença, tenham piedade de sua alma, porque eu, só estou aqui para lhe preparar. Muito bem, agora vamos às informações e esclarecimentos. Em meados dos anos 1800, membros radicais das fés cristãs, muçulmanas e islâmicas, usaram isso como uma forma de “conectar-se” com o Deus de cada cultura. Entretanto, isso foi algo desconhecido, devido à sua natureza extrema e por ser um método tão incomum para se conectar ao sobrenatural. Durante este processo, aquelas pessoas faziam uma oração constante, mas paravam devido aos eventos que se passariam depois. O relógio representava a vida na terra, quão curta pode ser, e a vela representa Deus como a entidade-guia que o ser humano pode ter ao longo da vida. Infelizmente, é muito comum que as pessoas que se aventuram neste processo acabem perdendo a sanidade e, ao longo do dia, devido a isso, chegam a perder a vida. As primeiras 3 horas são as mais leves, principalmente porque nada chega a acontecer realmente. Utilizem este período para se preparar psicologicamente. Essas serão as únicas horas em que podem escolher entre continuar ou abandonar o processo. Na quarta hora, não poderão escapar sob possibilidade nenhuma. A porta se trancará por si mesma e não há forma de movê-la.<br />
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5º Hora: Começará a suar abundantemente e a sentir ansiedade. Poderá ver vultos atrás de você, mas em todas as ocasiões, apenas o nada te acompanhará. <br />
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6º Hora: Escutará ruídos. Não serão ruídos da casa ou do lado de fora, mas batidas e ruídos secos, em intervalos de dez minutos, sendo um mais forte que o anterior.<br />
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7º Hora: Desmaiará. Sonhará. Mas, acredite em mim, esta será a única hora agradável durante o processo, já que reviverá os melhores momentos de sua vida. Cada vitória, lembrança boa e cada grande amigo que você teve, aparecerá para você. Este será o melhor sonho que terá em vida, e, se tiver sorte, talvez poderá ver algumas coisas que acontecerão no futuro. <br />
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8º Hora: Você acordará no início desta hora. Ao fazê-lo, terá uma sensação de comodidade enorme, talvez similar aos efeitos de fumar maconha. Para alguns, isso também pode ser considerada outra hora agradável do processo, mas, a partir da hora seguinte, se desencadeará o sofrimento. <br />
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9º Hora: Para que entenda da maneira mais fácil, nesse momento é como se você trocasse de uma droga para outra. A calma será substituída por uma carga de adrenalina e energia, similar aos efeitos de qualquer droga estimulante (por exemplo, cocaína). Advertência: antes de tudo, você deve manter o controle. É imprescindível que seu controle seja mantido nesse estado, pois não há forma de saber nem dizer o que você fará. <br />
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10º Hora: Com sorte, apenas terá feridas mínimas no corpo, da hora anterior. Agora começará a voltar à normalidade e as emoções se fusionarão. Nesta hora, começará a escutar gritos que parecem vir do outro lado da porta. Tais gritos variam, sendo tanto de uma menininha, como de um homem adulto, entre outros. Eles ocorrem a cada 6 minutos desta hora, que parece uma eternidade. <br />
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11º Hora: Adeus, luz de vela. A vela se apagará. Estará na escuridão durante o resto do processo. Geralmente é nesta hora que você pensa que tomou uma decisão terrível. <br />
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12º Hora: Curiosamente, a vela se acenderá sozinha. Não se preocupe, esta será outra hora de silêncio. Aproveite para se preparar psicologicamente para o que virá. <br />
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13º Hora: É provável que o ocorrido na hora 7 volte a acontecer, mas ao contrário. Não espere momentos agradáveis. Neste sonho, reviverá cada momento doloroso, sofrimento e coisas ruins. Inclusive, poderá ver o sofrimento futuro, e, com segurança afirmo, que será o pior sonho que você teve e terá em toda sua vida.<br />
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14º Hora: Acordará para outra hora de silêncio, que só será rompido pelo soluço de seu choro pelo que viu no sonho. Não importa o quão forte você crê que seja, terá a alma cortada em pedações pelo sonho. <br />
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15º Hora: Esta parte poderá lhe matar. Aqui, começará a falar com alguém, que apesar de ser invisível, estará ali com você, lhe fazendo companhia. Não tem nome, mas é um tipo de guardião, a quem você poderá chamar de “Protetor”, “Guardião” ou a forma que quiser. Falando assim pode parecer uma coisa boa, porém a primeira coisa que este ser lhe dirá será “Pergunte-me qualquer coisa e te responderei.” Você pode perguntar qualquer coisa de sua vida. O ser lhe responderá com detalhes extremamente precisos, e lhe dará as razões de todos os seus questionamentos, sem se importar que isso implique tragédia, dano, morte (sua ou de outras pessoas), erro ou o que seja. Ao final, se despedirá e irá embora. Aqui você poderá saber, por exemplo, que foi o motivo da morte de uma pessoa que ama. Quem destruiu a vida de alguém que talvez você nem conheça. Toda a ideia que você tinha de si mesmo, será derrubada.<br />
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16º Hora: Conversará com seus pais, mas eles não estarão presentes fisicamente. Agora é o seu turno de responder perguntas. Lhe perguntarão coisas que fez durante a vida e, se não responder alguma de suas perguntas, será pressionado com dor, até que não aguente mais e responda. No final, se despedirão e irão embora. Por mais difícil que seja, precisa se concentrar e não acreditar que uma hora inteira de tortura física e psicológica estão sendo infligidas por seus pais. É tudo parte do processo. <br />
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17º Hora: Falará com o homem mais importante de sua vida. Pode ser seu melhor amigo, seu pai, o leiteiro, enfim. Lhe perguntará como e por que se conheceram, e como se deu o vínculo de vocês. Tenha em conta que ele não buscará uma conversação agradável. Se você esquecer de um detalhe, uma mínima vírgula de toda sua relação com esta pessoa, será pressionado novamente por meio de dor, até ir embora. A partir daqui a tortura física fica mais intensa e você pode até sentir o desmembramento de si mesmo. Você sentirá toda a dor de um membro sendo cortado, arrancado ou golpeado. Verá seu sangue. Quanto mais desesperado, mais dor lhe é infligida. Precisa ser muito forte para continuar respondendo as perguntas, ou viverá 60 minutos de uma intensa e insana tortura. <br />
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18º Hora: O mesmo que a anterior, mas com a mulher mais importante de sua vida. <br />
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19º Hora: Falará com uma pessoa inesperada: você mesmo. Mas no futuro. Acredite, embora você já tenha sentido dor o suficiente, está será a pior conversa que jamais haverá tido. Te dirá coisas que quer e que não quer escutar sobre ti mesmo, e perguntará coisas que não poderá responder. Logo começará a entrar em colapso com você mesmo, gritando com fúria e, provavelmente, o auto-conhecimento seja o único que lhe salve neste momento. Você nunca sabe o que acabará por se tornar no futuro. E se o seu sonho brilhante de se formar e comprar um apartamento, seja interrompido por algum acidente? Cadeira de Rodas? Drogas? Coma? Presídio? Sim, você saberá de tudo. E, provavelmente, não gostará disso. <br />
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20º Hora: Após os dolorosos eventos das últimas horas, você começará a se mutilar. Alguns, devo advertir, cometem suicídio neste momento. Não é algo proposital, mas durante 60 minutos você não conseguirá parar de se machucar. Fogo, lâminas, alicates, lixas... Tudo o que você pode imaginar, surgirá na sua frente. É como se você estivesse preso dentro de seu corpo, mas outra pessoa esteja controlando. Você sente a dor, o desespero e tenta lutar. Mas nada adianta. <br />
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21º Hora: Se sobreviveu à hora anterior, a música lhe espera. Sim, leu bem, a música. Será música orquestral, algo similar a um coro que canta Cânticos Gregorianos, similar à música de igreja, porém muito mais bonito. No final desta hora, não me pergunte como nem por que, suas feridas saram. <br />
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22º Hora: A música acabará. Outra hora de silêncio. Nesta ocasião, você terá tempo para pensar. A luz da vela mudará constantemente a todas as cores do espectro visual. <br />
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23º Hora: Você cantará algo similar ao coro anterior, mas não entenderá o que canta. Sua voz será a única que escutará. <br />
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Enfim, a 24º hora. A mais interessante. Uns dizem conversar com Deus, outros com o Demônio, não se sabe o que acontecerá com você. Seu corpo será pressionado ao chão por uma força desconhecida e alguém (ou algo) lhe fará perguntas de dez em dez minutos. “Você é feliz?” ou “Você gostaria de mudar?” são exemplos de perguntas. Deve responder de forma rápida e concisa. O interrogante soará como um homem, mas sua voz é de um animal. Aterradora, mas de alguma forma agradável. Logo que a hora termina, poderá se colocar em pé e a porta se destrancará. Se tiver sorte, sairá vivo. Se tiver muita sorte, sairá são. Agora, é você que decide o que fazer com essa informação. Se quiser fazer isso, não será impedido, mas fica um conselho e advertência: há coisas muito além dos terrenos da compreensão humana e, muitas vezes, não há forma de explicar o sobrenatural. Mas, seja o que for, você jamais será o mesmo. É como se prender em uma câmara para sofrer todo tipo de tortura física e psicológica. Você decide. Se quiser perder todo e qualquer rastro de realidade e destruir sua sanidade mental, apenas escute o relógio.<br />
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Tic-tac... </div>
Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-36519612463576010762016-09-13T13:30:00.000-03:002016-09-13T13:30:33.306-03:00Esconde Esconde Solitário<a href="https://3.bp.blogspot.com/-VfdHHuuwrUc/VtYQkg9SBqI/AAAAAAAADMI/P6gPcWOB4ds/s1600/esconde-esconde-solitario.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="160" src="https://3.bp.blogspot.com/-VfdHHuuwrUc/VtYQkg9SBqI/AAAAAAAADMI/P6gPcWOB4ds/s400/esconde-esconde-solitario.png" width="400" /></a><br />
<br /><br /><br /><br /><br /><br />Essa é uma lenda japonesa, dizem que esse era um ritual voodoo que acabou se tornando uma brincadeira entre pessoas mais corajosas. Você teria coragem de fazer?<br /><br />• O Esconde-Esconde solitário:<br />A brincadeira do Esconde-Esconde solitário, ou esconde-esconde de uma pessoa só, é bastante popular em diversas partes da Ásia. Aqueles que tentaram contar se a brincadeira de fato funciona e o que sentiram, tiveram suas vidas ameaçadas.<br /><br />• Você irá precisar de:<br />- Uma boneca com pernas: A boneca servirá como lugar para o espírito entrar, por isso, é aconselhável que você não use uma boneca que realmente goste, já que existe uma grande chance de o espírito não sair da boneca.<br />- Arroz: Dizem que se o espírito comer essa oferenda ele se tornará mais forte.<br />- Linha vermelha: Ela simbolizará o sangue e a ligação entre você e o espírito.<br />- Algo do seu corpo: Unhas são as mais comumente usadas, mas há quem use seu próprio sangue, pele, cabelo e etc. Não use algo do corpo de outra pessoa, ou a brincadeira se tornará uma maldição.<br />- “Arma”: Na verdade, algo com o que você possa apunhalar a boneca. Facas são muito perigosas, por isso, a maioria das pessoas utilizam canetas, lápis ou até mesmo agulhas.<br />- Água com sal ou álcool: Sem isso, o jogo nunca terá fim. Esse material é usado para livrar-se do espírito.<br />- Um nome: Dar um nome ao espírito é a coisa mais poderosa que um ser humano pode dar. Nomes dão um grande poder ao espírito.<br /><br />• Preparando o jogo:<br />- Primeiro passo: Corte a boneca e substitua o algodão (ou qualquer coisa que esteja lá dentro) pelo arroz.<br />- Segundo passo: Coloque algo do seu corpo dentro da boneca<br />- Terceiro passo: Costure a abertura feita na boneca com o fio vermelho e em seguida, enrole-a com o restante da linha.<br />- Quarto passo: Em um banheiro, encha uma banheira (ou a própria pia) com água e procure um lugar para se esconder.<br /><br />• Como jogar:<br />- Primeiro passo: Comece às 03:00 da manhã, pois é nesse horário em que há maior atividade espiritual.<br />- Segundo passo: Dê um nome à boneca.<br />- Terceiro passo: Quando o relógio marcar três horas, feche os olhos e repita três vezes: “O primeiro a procurar é (seu nome)!” Você deve falar com firmeza ao falar com a boneca.<br />- Quarto passo: Vá para o banheiro e coloque a boneca na banheira ou pia cheia.<br />- Quinto passo: Apague as luzes.<br />- Sexto passo: Feche seus olhos e conte até dez. Pegue sua “arma” e vá para o banheiro. Siga até a boneca e diga “Eu achei você (nome da boneca)” enquanto a perfura. Em seguida, feche novamente seus olhos e diga três vezes “Agora (nome da boneca) é a sua vez!”.<br />- Sétimo passo: Deixe sua “arma” próxima à boneca e vá para o seu esconderijo. Você DEVE trancar todas as portas e janelas.<br />- Oitavo passo: Coloque a água salgada na boca, mas não engula ou cuspa. A água com sal irá proteger você do espírito.<br /><br />• O final:<br />Para terminar o jogo, procure a boneca e leve consigo o restante da água salgada ou álcool. Tenha em mente que a boneca pode não estar no banheiro e há casos em que ela foi encontrada na rua.<br />Quando a encontrar, cuspa a água salgada sobre ela e faça o mesmo com o restante da água. Feche os olhos e grite “Eu ganhei! Eu ganhei! Eu ganhei!”. O espírito da boneca desistirá e o jogo acabará. Aconselha-se a descartar a boneca e queimá-la após o jogo.<br /><br />Importante<br />- Fique no jogo por no máximo duas horas. Depois deste tempo, o espírito da boneca ficará forte demais para ser expulso.<br />- Jogue sozinho. Quanto mais pessoas houver, maior a chance de alguém ser possuído.<br />- Não vá para fora.<br />- Quando for se esconder, seja silencioso.<br />- Desligue todos os eletrônicos antes de começar, exceto a televisão.<br />- Você deve deixar a TV em estática, perto do esconderijo. É um modo de saber onde o espírito está. É aconselhável procurar a boneca somente quando a TV mostrar sinais de que ele está do outro lado da casa.<br />- Ao fugir da boneca, não olhe para trás e não durma enquanto joga. A boneca pode machucar você com a sua arma.<br />- Quando encontrar a boneca, você pode ficar levemente ferido ou até mesmo possuído. Se for achado por ela, tenha cuidado, pois sua arma poderá estar em qualquer lugar do chão ou até mesmo em seu bolso.<br />- Depois que o jogo acabar, é importante limpar tudo corretamente. Certifique-se de que foi colocado um pouco de sal em todos os cantos da casa, especialmente onde foi iniciado o jogo e onde a boneca foi encontrada. Dizem que o sal afasta os espíritos.<br /><br />Algumas pessoas que jogaram, relataram os seguintes acontecimentos durante o jogo:<br />- TV mudando de canal sozinha.<br />- Luzes que estavam perfeitamente normais, piscando.<br />- Portas abrindo e fechando.<br />- Escutaram sons de risadas.<div>
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Retirado de: <a href="http://www.mortesubita.blog.br/2016/04/esconde-esconde-solitario.html" target="_blank">Morte Súbita</a></div>
Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-25045810901630371692016-09-12T21:50:00.004-03:002016-10-12T23:59:15.594-03:00A Neutralidade de Deus *TEORIA*Olá queridos fãs e visitantes! A creepypasta que você está prestes a ler agora apresenta uma nova visão sobre Deus, não é exatamente uma Creepypasta, mas ao contrário, é uma simples teoria, e ela na verdade existe, chama-se de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/De%C3%ADsmo">Deismo</a>. Por favor, não se ofenda com o seguinte texto, é apenas uma nova visão filosófica, ninguém está lhe forçando a acreditar em nada. Leia a "creepypasta" a seguir:<br />
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<i>Deus é neutro.</i><br />
<i><br /></i>
Muitas escrituras religiosas descrevem Deus como um onipotente puro e cheio de amor, enquanto muitos ateístas nem sequer acreditam na sua existência, pois "ele" seria tão "maligno" e "narcisista" caso exista. Mas assim que você começar a pensar profundamente sobre o assunto, você percebe que o mundo poderia ser mil vezes pior do que já é, e seria se Deus fosse um ser maligno. Mas, o mundo seria uma utopia paradisíaca se Deus fosse bondoso, e a violência não existiria, o que nos leva a conclusão que Deus é neutro, nada além de um observador.<br />
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Um observante de sua própria criação.<br />
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Compare Deus com um cientista: durante um experimento, o cientista pensa logicamente e não permite a emoção interferir, não importa o que aconteça. Deus pensa logicamente, e ele não interfere no seu experimento que é a raça humana, ou até a Terra de modo geral. Ao mesmo tempo que ele não melhora a vida em nada, ele também não causa nenhum mal.<br />
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Ele simplesmente nos observa. Nós culpamos Deus por todo o mal que acontece, enquanto ele está na realidade apenas nos observando, e nós, criando o mal. Deus não irá salvar ninguém, mas também não irá condenar ninguém. Ele apenas observa o seu experimento, e aqui ele estará quando acabar.<br />
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Um cientista não possuí poder sobre sua própria invenção. É impossível o controle do que acontece, caso contrário isso iria anular o objetivo de coletar resultados do que se teoriza. Deus não possuí poder sobre nós. Se nós estupramos, matamos, machucamos, ofendemos, ou cometemos suicídio, isso não é nada mais do que nossos próprios frutos.<br />
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Décadas de idéias, descobertas, sociedades, quedas de impérios, e entretenimento; foram apenas meramente pequenas mudanças no experimento.<br />
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Irá o experimento ser um sucesso? Bem, o que irá tornar deste o sucesso? Se nós acharmos a cura para o Câncer, colonizar Marte, ou criar clones; será que estas realizações são o que Deus está procurando?<br />
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Bem, e se a sua teoria é a de que a raça humana irá terminar em guerra, e todos nós iremos morrer? Será que isso significa que se conseguirmos, o experimento irá ser um fracasso? Bem, nós somos o experimento, então isso é meio paradoxal; mas mantenha na cabeça, Deus é uma entidade exterior, e a natureza em outro domínio poderia funcionar de forma diferente para nós.<br />
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Seriam os humanos uma raça antinatural? Tantas perguntas, mas a verdadeira resposta está aguardando por nós, dentro de nós.<br />
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OBS: <i>Esta creepypasta foi traduzida por mim, mas ela pode ser encontrada no Creepypasta Wiki, eu não sou o autor original, <a href="http://creepypasta.wikia.com/wiki/God_Is_Neutral">aqui está a creepypasta em seu estado natural.</a></i>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/07471914324671955455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3931758160234434592.post-81483449375427436662016-09-12T13:30:00.000-03:002016-09-12T13:30:07.252-03:00ChuvaPerguntam-me por que gosto da chuva.<br />
<figure class="article-thumb tright show-info-icon" style="border: 0px; clear: right; color: #d5d4d4; float: right; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22px; margin: 0px 0px 16px 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; width: 180px;"><a class="image image-thumbnail" href="http://vignette1.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/b/bd/Duasfaces.jpg/revision/latest?cb=20160521165727&path-prefix=pt-br" style="border: 0px; color: #898989; display: block; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><img alt="Duasfaces.jpg" class="thumbimage " data-image-key="Duasfaces.jpg" data-image-name="Duasfaces.jpg" src="http://vignette1.wikia.nocookie.net/creepypastabrasil/images/b/bd/Duasfaces.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/180?cb=20160521165727&path-prefix=pt-br" height="135" style="border: 0px; display: block; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: middle;" width="180" /></a><figcaption style="border: 0px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;"></figcaption></figure><br />
<div style="border: 0px; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.4em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Desde pequeno, sempre sentia na chuva um alívio. Um doce conforto na leve fragrância deixada na atmosfera. É claro. Hoje sei que este odor característico provém da reprodução de bactérias que hibernam no solo, e que todos os fenômenos que acercam meus sentidos tenham suas remotas origens na mais perfeita e ordenada química. Como o véu de lágrimas que cobre a noite. Como o relâmpago que advém a tempestade e silencia o meu mundo. Como o orvalho que antecede a aurora..<span style="color: #d5d4d4; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 22px;">.</span></span></div>
Sim... Belezas que somente na mais pura e inocente das visões é que se fazem tão belas.<br />
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Mas não é somente por isto que me sinto deslumbrado pela chuva. Pois também encontro outros prazeres no gotejar cintilante que provém dos céus, como aquele que, em espaços urbanos, recai sobre a calha de meus telhados. Ou quando, acompanhado do vento, rebate-se contra a vidraça de minhas janelas. E mesmo fora de meu confinamento, onde me vejo face a incrível paisagem natural, o seu despencar (sonolento ou enraivecido) sobre a copa das árvores que amortecem o som de todo o ambiente, tornam a experiência algo extraordinário, algo único.<br />
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Ahh... É tudo tão primoroso. Tudo completamente sincronizado e em harmonia.<br />
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Porque é ela quem esconde o caminho que percorro por entre as matas. É ela quem apaga os rastros de meus encalços. É ela quem me abriga e protege de olhos curiosos. É ela quem amortece o solo profundo de onde cavo. É ela quem abafa os gritos incessantes de minhas vítimas. E o mais importante... É ela quem lava o sangue das minhas mãos.E ainda insistem em me perguntar por que gosto tanto da chuva.<br />
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Extraído de: <a href="http://pt-br.creepypastabrasil.wikia.com/wiki/Chuva">http://pt-br.creepypastabrasil.wikia.com/wiki/Chuva</a></div>
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Autor: <a href="http://pt-br.creepypastabrasil.wikia.com/wiki/Usu%C3%A1rio:DrinLP" target="_blank">Drin, L. P.</a></div>
Paulo Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03198596711137128272noreply@blogger.com0